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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Acidentes por Descargas Atmosféricas

Manaus é a cidade do Brasil com maior número de mortos por raios entre 2000 e 2009, seguida por São Caetano (SP), segundo reportagem do portal eBand. Manaus registrou 16 mortes e São Caetano, 14. Em termos de Brasil, o fenômeno causou 132 mortes (77% no verão e primavera) e um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano, somente no reparo ou substituição de equipamentos danificados, como sinais de trânsito e aparelhos eletrônicos.
O Brasil é também o país no mundo com maior índice de quedas de raios, com algo em torno de 50 milhões de descargas elétricas entre 1990 e 1999 (dados INPE). Observando os registros mundiais, os locais com grande ocorrência estão na altura dos trópicos, como o centro da África e a Indonésia. Observações por satélite feitas pelo grupo apontam um aumento de 18% na quantidade de raios nos anos 2000, tendência que deve se repetir na próxima década, principalmente na Amazônia.
Há registros históricos da importância do número de descargas desde o século XIX. E uma carta escrita para sua família o Marquês de Borba, recém chegado ao País com Dom João VI em 1808, revela que por aqui ocorriam trovões como ele nunca havia escutado.
De lá áté hoje, a situação se agravou e deve piorar ainda mais por conta do aquecimento global, segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior, e autor do livro ‘Lightning in the tropics: from a source of fire to a monitoring system of climatic changes’ (Os raios nos trópicos - de uma fonte de fogo a um sistema de monitoramento de mudanças climáticas).
Aproximadamente 55% das 1.321 pessoas mortas por raios na última década estavam em locais descampados a céu aberto; sendo a maior parte trabalhadores rurais. Outros 14% estavam próximo a veículos como carros, motos e ônibus, 12% procuraram abrigo embaixo de árvores e 10% praticavam atividades esportivas. Nenhuma dessas atitudes é recomendada. Em locais assim deve-se afastar de postes, árvores, cercas de arame farpado e veículos. O ideal nesses casos seria ficar agachado com a mão na nuca ou mesmo dentro de carros, ônibus ou aviões, já que as descargas elétricas que os atingem, não conseguem causar efeito em seu interior porum fenômeno chamado Efeito de Faraday.
Também correm perigo pessoas em lagos, praias ou piscinas ou mesmo próximo da água. Falar ao celular em locais abertos em meio a uma tempestade é perigoso, já que o aparelho pode sofrer um curto-circuito e provocar queimaduras no dono.
Algo em torno de 14% das mortes por descargas elétricas nas últimas décadas aconteceram em casa, considerado um lugar seguro. A maioria estava falando em telefones com fio ou próxima a antenas, lâmpadas, geladeiras, janelas abertas e televisões; ou ainda tomando banho.
Recomenda-se tirar da tomada todos os aparelhos eletrônicos (ou desligar disjuntores dos circuitos onde estão instalados) porque há risco de queima e até incêndios, e usar aparelhos telefônicos sem fio.

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