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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes


Post original de Ricardo Setti - link ao final


É um absurdo que a sucessão de ataques de bandidos que estão horrorizando o Rio de Janeiro desde domingo, causaram pelo menos 30 mortes, dezenas de veículos incendiados e dezenas de arrastões tenham sido ordenados de dentro de uma penitenciária federal, supostamente de “segurança máxima”, inaugurada com estardalhaço pelo governo federal em 2006 na remota Catanduvas, cidade de 10 mil habitantes a 476 quilômetros de Curitiba – e a mais de mil quilômetros do Rio –, no Oeste do Paraná.
Se essa é a “segurança máxima” que o Ministério da Justiça acha que deve existir num presídio, estamos mal.
Talvez as autoridades federais devessem consultar como funciona um presídio em São Paulo – este sim, de segurança máxima, o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, encravado a 3 quilômetros dessa cidadezinha de 20 mil habitantes a 580 quilômetros de São Paulo, no extremo sudoeste do Estado.
Tudo isso se justifica pelos hóspedes que o Centro de Readaptação acolhe: de suas 160 celas individuais, 58 estão ocupadas pelo grosso dos cabeças e outros integrantes importantes de uma organização criminosa que abriga assassinos, traficantes de drogas e outros criminosos de alta periculosidade responsáveis, em 2001, pela maior rebelião coletiva de presídios da história do sistema carcerário brasileiro, que se alastrou por 29 estabelecimentos no Estado de São Paulo.

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