Read In Your Own Language

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Petrobras: Cada Enxadada, Uma Minhoca


Que a administração da Petrobras nos governos PT foi uma zona, não há dúvida para ninguém. Mas saber que eles escreveram isso é de cair o C* da B*nda...É o que publica hoje o jornal O Globo, na sessão Economia.
Nem bem botou os pés na empresa, o time de Pedro Parente achou um documento, chamado Formulário de Referência 2015, elaborado pela gestão moralizadora pós-Petrolão de Aldemir Bendine, mas no governo da Afastada; onde se registra que a companhia sofre forte ingerência da União que, por ser o acionista majoritário, "a união pode perseguir a adoção de certas políticas macroeconômicas e sociais através da Petrobras". Além disso, o texto afirma que não se pode descartar a volta do controle de preços dos combustíveis, livres desde 2002
Em outro trecho do relatório, a empresa afirma que, "baseado em decisões do Controlador da Companhia, a Petrobras teve, e pode continuar a ter, períodos durante os quais os preços dos produtos vendidos no Brasil não estavam em paridade com os preços internacionais."

O documento, que traz muitos detalhes dos resultados financeiros em 2015 e a atual visão da empresa sobre o mercado, foi encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários -CVM e aos investidores em 30 de maio pp, crava com todas a sletras que "Não há garantias de que o controle de preços não será reinstituído."
O Globo é categórico quando diz que "Assusta a gente ver uma empresa, que já foi uma das maiores do mundo, ter esse tipo de informação no relatório (Formulário de Referência) e admitir que é usada como instrumento político. É uma empresa que tem investidores particulares e é estratégica. Assusta ver como é feita a gestão da companhia".
É razoável pensar que, a União, como acionista controlador, pode usar a Petrobras para determinadas políticas de governo, como já o fez ao longo de sua história; mas não pode lesar o acionista. 
Antigamente, as funções sociais do petróleo e da Petrobras eram lançadas na responsabilidade dos contribuintes numa rubrica chamada "Conta-Petróleo", onde se fazia acertos de variações rápidas e temporárias de custo do óleo cru, incidência de eventos imprevisíveis (guerras ou tensões no Golfo Pérsico, por exemplo) e ações de incentivo setorial (diesel subsidiado para transporte de safra, por exemplo), mas saporra foi extinta quando se abriu o mercado de petróleo em 2002.
E era feito ás claras, de forma transparente, visível ao mercado de ações internacional; e não em meio a penumbras e falcatruas reveladas das sórdidas entranhas em que se transformou a administração pública no Brasil.

Nenhum comentário: