Com informações do Globo
A imagem aí em cima é do pátio do combalido aeroporto Antônio Carlos Jobim - o famoso Galeão. Pequeno, atarracado, desconfortável e agora hiperlotado por dentro e no seu pátio, com capacidade de apenas 54 aviões.
Com a proximidade da Rio+20, tocou horror no colo da INFRAERO e do Itamarati. Para o evento, entre os dias 20 e 23/06, são esperados cerca de 120 chefes de estado ou de governo e 193 delegações estrangeiras; e eles devem chegar quase ao mesmo tempo. Ou seja, não tem onde estacionar tanto besourão de aço.
Daí o título do post. Se existissem flanelinhas na aviação brasileira, eles estariam em festa.
A INFRAERO está se batendo por planos de B a Z. Primeiro a empresa planeja usar os aeroportos Santos Dumont, as Bases Aéreas de Santa Cruz e do próprio Galeão e o aeródromo de Jacarepaguá como pátio de apoio, mas já se cogita deslocar aeronaves para Guarulhos, Confins, Brasília, Campinas e até Salvador.
As manobras estão sendo estudadas e serão coordenadas pela Aeronáutica, mas não tem jeito: quem vier com seu avião, vai ficar a pé momentaneamente. Terá de descer no colo de Tom e o avião vem buscar depois.
Além do incômodo terrível e de mais uma vergonha, tem problemas teríveis de segurança: para cada otoridade que chegar, haverão deslocamentos paralelos múltiplos, militares e batedores se deslocando prá lá e prá cá, além de dezenas de aviões de rosca avuando prá todo lado. E como a cidade não vai parar, mais elementos se agrupam nessa equação complexa .
Em condições normais de temperatura e pressão (na química chama-se CNTP), os terminais do Rio recebem diariamente uma média de 800 voos entre chegadas e partidas. Já na sexta-feira foram 814. O movimento diário normal do Tom Jobem é de 48 mil passageiros; no Santos Dumont, são 25 mil. Somem aí mais 50 mil credenciados e cinco mil jornalistas estrangeiros que chegarão à cidade para acompanhar o evento. Phodel...
Pensem bem: autoridades e delegações que vierem em aviões de carreira terão a opção de pousar em Guarulhos, de onde seguirão para o Rio pela ponte aérea, desembarcando no Santos Dumont. De lá, poderão embarcar em helicóptero até o Aeroporto de Jacarepaguá, ou voar diretamente para o Riocentro.
Se forem de carro, poderão usar um canal diferenciado montado em corredores exclusivos a partir dos aeroportos, em obras feitas a toque de caixa e sabe-se lá a que custo.
Como tudo no Brasil é feito nas coxas, a Base Aérea de Santa Cruz precisará passar por reformas de emergência.
Como tudo no Brasil é feito nas coxas, a Base Aérea de Santa Cruz precisará passar por reformas de emergência.
Ontem houve uma reunião para contornar a falta de estacionamentos para os aviões, envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil e barbie paraguaia, Gleisi Hoffmann, a sinistra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o secretário-geral da Presidência e carregador de mala, Gilberto Carvalho, o governador Sérgio Wally Cabral e o prefeito Dudu Eu Te Amo Mariza Paes, entre outros apavorados.
Fato é que mais uma vez damos prova de que a roubalheira é muitíssimo mais importante que qualquer coisa neçepaíz.
Em minha humildade, mesmo sendo um pouco afastado, ofereço o estacionamento aqui da taba. Tá meio cheio, mas eu faço um puxadinho rapidinho.
Um comentário:
Vamos passar vergonha alheia nessa Copa e na Olimpíada se esse governo não sair de cena.
Mais obras sem licitação e muito roubo à vista.
Postar um comentário