Água mole em pedra dura,
Tem o dito popular.
Tanto bate até que fura,
Não me canso de contar.
Imagine se a água,
Tem força de cair,
Vindo de uma cachoeira,
Arrebenta o tucupi.
Pois foi vindo de Goiânia,
Do cerrado do central.
Que começou o buxixo,
Bem no nível federal.
Foi de lá que o tal Carlinhos,
Bicheiro e contraventor.
Começou o falatório,
Que derrubou promotor.
Escutando ao pé do ouvido,
Telefone e nextel.
A puliça descobriu,
Que nem tudo era de mel.
O bandido atuava,
No oeste do Brasil.
Montando lá grande esquema,
Coisa igual nunca se viu.
Envolvendo deputado,
Ministro e governador.
Por pouco não pega a dentuça,
Pelo menos não vazou.
Falando com tal de Fux,
Do supremo federal.
Pediu prá mudar o voto,
Coisa muito natural.
Nas perninhas que ele tinha,
Lá na terra do tio Sam.
Comprou um grande navio,
Coisa só de bambambam.
Já pensando no futuro,
De suas estrepolias.
Montando grande casino,
Quase da noite pro dia.
Isso são tempos recentes,
Coisa nova seu doutor.
Pois lá mesmo no passado,
Não me esqueço não senhor.
Teve ele e o Waldomiro,
Coisa que nunca se viu.
Recebendo o pacuru.
Dos Correios do Brasil.
Waldomiro era cupincha,
Do cumpanhêru Dirceu.
Chefe da casa civil,
Da casa se escafedeu.
E na Câmara Federal,
Onde foi se acoitar.
Lhe cassaram o mandato,
Expulsaram ele de lá.
Tem Perillo, Tem Maguito,
Otoni e um bocado mais.
Envolvido até o pescoço,
Com o danado do rapaz.
Stepan Nercessian,
Deputado no momento.
Também levou um troquinho,
Prá comprar apartamento.
Mas o fato é que o bicheiro,
Tem muita coisa legal.
Prá lavagem de dinheiro,
Esquentando o balatau.
Negócio de loteria,
Com a Caixa nacional.
E bilhete de buzão,
No distrito federal.
Mudando um pouquinho a prosa,
Sem da água me afastar.
Tem também as tais lanchinhas,
Que Ideli mandou comprar.
31 unidades,
Equipadinhas que só.
Nunca viram o oceano,
Renderam coisa melhor.
A propina prá campanha,
De Ideli prá ser governo.
Lá de Santa Catarina,
Não fizeram nem vortêio.
150 milhetas,
Depositaram por lá.
Prá convence eleitor,
A no berreiro votar.
ONG de lá do distrito,
Mandioca que plantou.
Fingindo que eram peixes,
Que Ideli financiou.
Parece até brincadeira,
Mas é verdade também.
Roubando dessa maneira,
Não vai sobrar prá ninguém.
O fato é que aqui no cordel,
Assunto não vai faltar.
Pois todo dia a imprensa,
Se apressa a noticiar.
Rolo, chuncho e roubalheira,
Que envergonham a nação.
Nessa corja que tá aí,
Quase tudo é ladrão.
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