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terça-feira, 20 de março de 2012

O Que Dirá a Graciosa Agora?

Desde aqueles febrís e insanos anúncios do 9 dedos dizendo que o petróleo do pré-çau, o etanol e os biocombustíveis fariam do Brasil a Arábia Saudita dos trópicos, que a gloriosa e destruída Petrobras vem se segurando no pincel prá poder aguentar tanta violação de seus cofres.
Por um lado a corja avança célere no uso de verbas de financiamento e patrocínio de shows, peças de teatro e filmes de quinta categoria; por outro a empresa é obrigada a investir como sócia em empreendimentos de rentabilidade bastante duvidosa, e por fim o (des)governo usa os produtos da empresa; aquilo que gera suas receitas; como moeda e ferramenta de controle de preços e inflação.
Como tocar uma empresa se sua fonte de renda é aviltada por controle externo? Como viver num ambiente fortemente concorrencial se qualquer continha sonhada por uns e outros é espetada nas suas costas?
Esse ano tem eleição. Você consegue imaginar a Petrobras aumentando o preço de combustíveis? Claro que não né? O que circula hoje na mídia é que o margarina e demais membros da equipe econômica estão decididos a segurar os preços da gasolina e demais combustíveis pelo menos até o fim do primeiro semestre, apesar das pressões das cotações internacionais.
Se a coisa apertar mais um pouco e um ajuste do preço nas refinarias for absolutamente inevitável, a ordem é segurar o preço final na bomba reduzindo a CIDE, aquele tributo maroto cobrado sobre os combustíveis.
Agindo assim, o Executivo visa evitar a todo custo que qualquer oscilação destes preços causem impactos na inflação, a essa altura do campeonato absolutamente fora de controle.
Considerando que as medidas que a governANTA anuncia para "estimular a economia" com prometidos incentivos e aumento de crédito para garantir a todo custo o quase impossível crescimento de 4,5% do PIB, por si só já exercem impacto inflacionário, aumento de combustível é o golpe de misericórdia.
Cortar a CIDE tem uma margem de até 7%, mas o uso dessa manbra ficaria limitado apenas se a cotação do preço do óleo disparar a curto prazo; uma vez que cortar o tributo significa perda de arrecadação.
Para constar; nos últimos 20 dias, o preço do barril de petróleo passou de US$ 100 para US$ 120, o que fez soar o alarme do governo.
Ainda assim, a redução da CIDE já não solucionaria o descompasso de preços que vive a Petrobras entre os preços da gasolina lá fora e no mercado interno, hoje girando em torno de 22%.
Para aparecer na mídia, as contas oficiais falam que de 2005 até o ano passado, a combalida e destroçada estatal não teve perdas. Diz-se que as perdas de quando os preços estiveram mais altos lá fora teriam sido compensadas pelos ganhos de quando estavam mais baixos.
Sobre o etanol, mesmo com a crise de abastecimento de 2011, diz-se que este ano não se repetirá, garantindo que os preços do etanol não vão pressionar o bolso do consumidor. Para quem ia fornecer álcool até para marte, é parte do programa importar duzinanques, aqueles tiranos e dominadores imperialistas.
Para os próximos três ou quatro anos, é preciso esperar os resultados das medidas anunciadas no ano passado para estimular financiamentos para a estocagem e produção do setor, por exemplo, assim como o aumento da fatia da Petrobras nas vendas de etanol.
Os biocombustíveis são bons, mas instáveis considerando problemas de safra e ações sem controle como intempéries, por exemplo.
Fato é: preparem as carteiras que o couro vai comer assim que passarem as eleições.

Um comentário:

Regina Brasilia disse...

CIDE me lembra aquele debate, em que o Garotinho....rsrsrsrs