Ao longo do dia de ontem assisti inúmeros telejornais e documentários sobre a nossa base da antártida, recém-destruida por um incêndio. Dos depoimentos e opiniões, pareceram as mais equiliradas aquelas apresentadas por um especialista em análise de risco e um bombeiro bastante tarimbado, que vão de encontro às minhas especulações pessoais.
Acomopanhando as imagens dos instantes iniciais da construção da base e cotejando as informações com outros documentários assistidos em canais alternativos como NatGeo ou Discovery, percebe-se a imensa necessidade de utilizar paredes duplas metálicas ou sintéticas, preenchidas por isolantes termo-acústicos naturalmente de material combustível (madeiras, isopor, polímeros, fibras, etc) pelas próprias exigências das condições operacionais e de sobrevivência em situação climática tão inóspita.
Custa-me crer que aqueles que eam encarregados da manutenção das condições locais, dependentes eles mesmos do perfeito estado de conservação das instalações, fossem capazes de desprezar os rigores que deveriam ter no exercício de seu trabalho ou que dele pudesse advir qualquer risco a eles, aos demais e às instalações. Logo, descarto veementemente erro de operação e/ou manuenção, bem como de erros na qualidade do materia e produtos utilizados.
O clima trama contra: água congelada para combate a incêndio e ventos fortíssimos só ajudaram a propagar qualquer foguinho em uma velocidade inimaginável e incomparável, quando observados treinamentos realizados em situações de normalidade urbana.
Uma pequena faisca, aparentemene na praça de máquinas (onde deveriam estar climatizadores e geradores) com certeza perto de depósitos de combustível e gases trocadores de calor, têm um efeito avassalador; bem diferente do que ocorre em pátios industriais normais.
Os militares falecidos, possivelmente foram os "mais atevidos" no combate inicial às chamas, daí serem a vítimas fatais do evento, pela sua própria condição e formação de defenderem pessoas e patriônios da nação. Louve-se-os por isso. Homenagens sejam justamente realizadas.
Um inquérito com certeza será aberto; que sirva para adquirir experiência na reconstrução da instalação e não para procurar chifre em cabeça de cavalo.
Uma das cientistas que comentou sobre a perda de seu trabalho de 25 anos, ao se lamentar por ter que recostruir tudo ( o que levará 5 anos no caso dela) foi de uma dignidade comovente: "lamento pela perda de minhas informações e de meus colegas, mas nada se compara aos pais e filhos que receberão as reais e insuperáveis perdas desse incêndio; os militares falecidos; com os quais convivi e aprendi a admirar, tanto quanto minhas experiências".
Dona deelma e Göebels Martins disseram que vão reconstruir a base. Oxalá o façãm mesmo. De forma séria e profissional, sem modismos ou partidarismos. Um uma coisa de engenharia e pesquisa e não pode ser feita nas coxas.
Atualizando em 28/02/2012: Assisti mais um monte de investigações e pareceres sobre a nossa base e o acidente. Todos foram unânimes em dizer que a concepção de engenharia é completamente errada, monobloco e sem isolamento das fontes de riscos extremos, como por exemplo, a praça de máquinas. Os equipamentos de segurança havia sido condenados por diversas organizações de controle e orientação das instalações na área, nacionais e extrangeiras. Verbas estavam sendo cortadas sistematicamente para os projetos e pesquisas na área. Portanto, outra vez coisa de petralha. Deixa estar prá ver como fica. IRRESPONSABILIDADE E DESCASO.
2 comentários:
Gostei de sua especulação, faz muito sentido.
Lamentável esse "acidente".
Só não gosto desta base ser reconstruída no governo atual. Não confio, assim como não confio nas usinas nucleares que eles querem fazer.
Superfaturam e o material é de quinta.
Os pesquisadores merecem respeito.
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