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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eita País Prá Dar Cordel

Até parece feitiço,
As coisas desse Brasil.
Cada dia que se passa,
Um novo evento surgiu.
Roubalheira nem se fala,
Já são milhões vezes mil.
Vai descendo de escalão,
Zoeira igual não se viu.


No começo da semana,
Teve por lá um festão.
Parecia passeata,
Com tudo que é figurão.
Não se via pé rapado,
Muito menos cidadão.
Eram todos prá saída,
Do ômi da educação.

Trololó teve de monte,
Discurso teve também.
Esqueceram de falar,
Das cagadas do ENEM.
Aquela prova encruada,
Pesada qual elefante.
Que vive a atormentar,
Tudo quanto é estudante.


Projetada para o fim,
Do bicho vestibular.
Era só fazer a prova,
E na faculdade ficar.
Numa trocaram as salas,
Na outra a correção.
Pior foi quando roubaram,
Até mesmo a solução.

Teve o lance do bandido,
Que matou 4 na Itália.
Que em terras tupiniquins,
Encontrou quem agasalha.
Deram abrigo e sem remorso,
Não lhe deixaram na mão,
Além de deixar ficar,
Lhe tornaram cidadão.


Nem precisou passaporte,
Pois lhe deram carteirinha.
Como se aqui estivesse,
Sua vida inteirinha.
Homem de bem, sério e probo,
Um pacato cidadão.
Desrespeitando a memória,
Dos mortos por sua ação.

Ou outro lá do combate,
Do flagelo da secura.
Que sempre assola o nordeste,
E mata até saracura.
Desviou uma porrada,
De grana dessa nação.
Invés de acabar a seca,
Enricou o afilhadão.
Do líder dos deputados,
Do famoso partidão.


A dentuça arretou-se,
Na hora que ele falou.
Que ninguém o tiraria,
Do cargo que nomeou.
Pois já tinha precedente,
Que já tinha acontecido.
Da governANTA acoitar,
Um bocado de bandido.

Teve também o bigode,
Que trocando a confraria.
Chegou na educação,
Lá da Tecnologia.
Onde o que mais belo fez,
Lhe falando a verdade.
Foi mandar tocar sirene,
Quando vinha a tempestade.


Prometeu um projetão,
Prá prevenir a tragédia.
Coisa de primeiro mundo,
Não tinha na enciclopédia.
Um sistema que diria,
Usando aquele olhão,
Instalado lá no céu,
Prevendo até furacão.
Coisa que nosso país,
É sabido, não tem não.

Nos negócios de petróleo,
Sem causar alteração.
Apareceu nova chefa,
Um verdadeiro dragão.
Daqueles que nem São Jorge,
Com sua coragem danada,
Ousava enfiar a lança,
Temendo ficar emperrada.


Que bicha feia da poha,
Até parece desgraça.
Não sei porque lhe botaram,
O belo nome de Graça.
A coisa parece que vem,
Rolando faz um tempão.
Que tem até apelido,
E lhe chamam caveirão.

Dizem que é competente,
Que conhece bem do tema.
Ostenta crachá da empresa,
Nunca temeu o problema.
Mas descobriram ligeiro,
Que o trabuco é ingrato.
Pois o marido da fera,
Tá cheinho de contrato.


Sem precisar concorrer,
Nem ganhar licitação.
Ganhando da Petrobras,
Um bocado de milhão.
Arranjado com certeza,
Por quem do lar é rainha.
E não ia dispensar,
Pro maridão a boquinha.

Teve um fato bem gozado,
Esse convém relatar.
No dia que presidenta,
Foi com gari almoçar.
Esquecendo da promessa,
Que ela fez na eleição.
Vetou todo o projeto,
Regulando a profissão.


Na parte da natureza,
Muita coisa aqui surgiu.
Mas nada foi parecido,
Com o sol que explodiu.
Causando a tempestade,
Que não é de chuva não.
É um toró diferente,
Cheio de radiação.
Fazendo o povo na terra,
Pensar no fim do mundão.

Bem pertinho do final,
Da semana que passou.
Lá no Rio bem no centrão,
O edifício desabou.
Coisa da mais triste sina,
Caiu e mais dois levou.
Tragédia não foi maior,
Pois o trabalho acabou.


Uma coisa que seria,
Bem difícil de esquecer.
Foi a desocupação.
Que a justiça fez valer.
Acolá no Pinheirinho,
Uma grande invasão.
Que usaram prá fazer,
Uma grande confusão.

Aquele que poderia
A coisa ter evitado.
Deixou por lá correr frouxo,
Por oito anos calado.
Na hora que a justiça,
Decretou reintegração,
Fizeram um alvoroço,
Rosnando igual um leão.


Mandaram até graduado,
Do palácio federal.
Prá dizer a puliça,
Só queria fazer mal.
Esquecendo que outrora,
Na minha cara e na sua.
Disseram que apanhava,
Seja na urna ou na rua.

Prá fechar esse cordel,
Com um assunto mais ameno.
Veio lá da Paraíba,
A propaganda veneno.
Da família reunida,
Falando de um tal lugar,
Só faltando a Luíza,
Que foi lá pro Canadá.

5 comentários:

Professor Terto disse...

Gostei muito! Parabéns vou seguir e adicionar ao blogs. abraços Terto

opcao_zili disse...

Oi cacique,
Muito bom o resumo da semana pois, é tanto assunto, que é perigoso esquecer.
E, rememorar, cordelando, fica muito mais gravado.
Parabéns! Esse Brasil atual, sem vergonha e amoral, só pode dar rima, para quem quer cordelar.

Ingrid disse...

Muito 10 . Parabéns !!!

CHUMBOGROSSO disse...

Cacique, tempo tá curto
Qual a vergonha da cara
Dessa "politicada fajuta"
Que é a tabua da beirada
E desse "povinho batuta"
Que jura "não foge à luta"
Mas falta-lhe, mãe santa
Somos todos "FILHOS DA LUTA"

Rose disse...

Bravos, Filhos da Luta!