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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cordelando 39: Sobre o Óleo Que Vazou

Teve o tal do vazamento,
No marzão do seu Cabral.
Óleo foi prá todo lado,
Nunca se viu coisa igual.
Já fazia uma semana,
Da merda acontecida.
E a imprensa calada,
Se fazendo de fingida.

Mas na rede pipocava,
Todo acontecimento.
Se sabia da meleca,
Desde o primeiro momento.
Até que lá dos Extranja,
Através do feicebuk.
Apareceu a fotinha,
Com a mancha dando look.

Acorreu de todo canto,
Fiscal de todo crachá.
Gente berrando no rádio,
Na TV e no Jorná.
Dizendo que não podia,
Derramar óleo no mar,
E sacando o talãozinho,
Começaram a multar.

A Chevron dona do poço,
Se fazendo de rogada.
Jurou e foi de pé junto,
Que a coisa num era nada.
Meia dúzia de gotinha,
Que escapou da borboleta,
Que fica lá bem no fundo,
Já tinha feito a chupeta.

Mas aquele da pesquisa,
Usando do olho grande.
Suspenso lá no espaço,
Disse que era gigante.
Do jeito que Chevron,
Disse ser só 1000 barril,
Era muito mais que isso,
Vá prá Xuxa que Pariu.

Os responsáveis da área,
Gente do Meio Ambiente.
Os que dão o AUTORIZO,
Que se diz inteligente.
Procuraram nas gavetas,
O carimbo concedido,
Viram que não tinha nada,
Nêgo tava era fu**do.

Faltava o tal documento,
Com o plano de emergência.
Não tinha nem um robô,
Prá que tomasse ciência.
Do tamanho do buraco,
Por onde o óleo vazava,
Nem um barco prá catar,
O tanto que flutuava.

Nem podiam avuar,
Por cima de toda mancha.
Era só ir e vortar,
Se não somente de lancha.
Prá andar prúm lado e outro,
E medir a confusão,
E depois de isso visto,
Pensar numa solução.

A tragédia foi bem grande,
Pelo campo ambiental.
Além de toda sujeira,
Tinha algo anormal.
Os bichinhos que migravam,
A procura de calor.
Fugindo da invernada,
Que prá eles é um horror.

Correndo lá em Brasília,
A Isabella Teixeira.
Ministra do Ambiente,
Sentou-se na cabeceira.
Prá contar prá governANTA,
A desgraça que ocorreu.
Quando apareceu pergunta,
Não sabia, se fu***.

A broaca carrancuda,
Que assumiu ano passado.
Ao invés do Seu Colete,
Que já estava acostumado.
E que virou secretário,
Do governo lá do Rio.
Apareceu na TV,
Prá falar do que não viu.

Do colete, cabra safo,
Homem bom de falação.
Já saiu foi atirando,
Que cabia era prisão.
Mas o dono da empresa,
Sócia da Chevron do poço.
O Lobão da Petrobras,
Não mostrou nem o pescoço.

Dona deelma arretou-se,
Alegando inocência.
Disse lá que foi traída.
Era culpa lá da agência.
Esquecendo que esse povo,
Ela mesma nomeou,
Pois tudo quanto é de cargo,
O PT aparelhou.

O cara que manda em tudo,
Presidente da Chevron.
Até que foi bem safado.
E desculpa ensaiou.
Para o povo brasileiro,
Pela besteira que fez.
Quando falaram da multa,
Não vermelhou nem a tês.

É claro que se lamenta,
Esse tão triste momento.
Contaminando o mar,
Que tanto nos dá sustento.
Mas sujeira tão pior,
Que ninguém corre a juntar.
É a tal da corrupção,
Na terra que não tem mar.

Onde mora a presidentA,
De todo nosso Brasil.
Que não passa a malhadeira,
Com tudo que a gente viu.
Arregaçando os cofres,
Dessa querida nação.
Deixando todo safado,
Na corte metendo a mão.

A pena que dá na gente,
Contribuinte obrigado.
É saber que essa conta,
Vai sobrar pro nosso lado.
Além do mar do Brasil,
Não ser mais tão azulado.
Que paga a conta de tudo,
É o salário do esfolado.

11 comentários:

Sonia disse...

Ri alto e com gosto... Só você mesmo pra arrancar gargalhadas de sua madrinha, hehe..
Ficou uma postagem magnífica! A cada cordel, vc se mostra mais desenvolto e mais solto na arte de criticar e usar bem o dom da palavra... excelente!
Bjos

CHUMBOGROSSO disse...

Cacique, vô sê direto
Com toda esta questão
Meteram-se a furá poço
Onde não dá pé nem mão
Se aprontam esse furdunço
Em fundo perto de mil
Imagina o que vai ser
La no “fundo”que o pariu ?

Num quero sabê se no rumo
Do Pré-Sal ia essa sonda
Ou se a broca é binga torta
E furou furo de banda
Só sei que nessa história
Desculpa furada é pouca
Ou multa do “Du Colete”
Que fala espumando a boca

Ou se a ANP do Comuna
Que tá na mira dos jornais
Vai dizer prá CHEVRON
Que no Brasil não fura mais.
O que faz a gente emputar
É não ver o fim do pior
Se pensa que a merda grande ?
Sempre fazem merda maior

Marineide Dan Ribeiro disse...

Esse tipo de coisa é igual peido, depois que solta não tem como voltar atrás. O jeito é aguentar o fedor!!!
Eu digo que isso já nem é um peido, mas uma cagada das boas!!!

Beijão e bom finds!!!!!!!

Zé Carlos disse...

Gosrei do "do colete"

Maravilhoso"

Lelezinha_09 disse...

Parabéns,Gde Cacique das Terras Distantes!
Uma delícia ler cordel aqui no seu blog! Bom mesmo!
E parabéns tb ao amigo Chumbo Grosso que respondeu na "mesma língua"! kkk

Fusca disse...

Muito bom o cordel!
Se quiser ilustrar com algumas charges indóceis do seguidor Fusca, é só ir buscar no blogue dele e copiar
www.fuscabrasil.blogspot.com

opcao_zili disse...

Salve nobre cacique. Parabéns. Sempre em cima do lance. Eles estão deitando e rolando mas, tenho certeza, que a casa está prestes a cair.

Unknown disse...

Poxa cacique! Muito bom!

marcia1907 disse...

Pois é, o tal sistema de ação de urgência que o lula prometeu para toda área de petróleo não saiu do papel. ele, dilma e companhia estavam mais preocupados em ferrar o rio do que proteger fauna e flora.

moimemei disse...

Sensacional!
Parabéns Cacique!

Regina Brasilia disse...

Eu não saberia dizer se é possível eleger 1 cordel que seja melhor que outro...