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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aparelhamento Demais Dá Nisso

O vazamento de óleo em um poço da Chevron na bacia de Campos dos Goitacazes levanta a quesTão mais importante dessa história toda? Que raios de ação qualificativa, seletiva e fiscalizadora faz a Agência Nacional do Petróleo - ANP?

Primeiro que pode dias o assunto foi tratado nas redes sociais sem que nenhuma das grandes empresas de jornalismo desse nem uma vírgula em seus telejornais. Depois de informações começarem a aparecer na mídia estrangeira, inclusive com fotos de satélite é que a coisa veio a público. E aqui me refiro ao povão dependente das informações dos "jornais nacionais" televisivos. balelas prá lá e prá cá e meia notícias até que a imensidão que a mancha de óleo representava no oceano fosse realmente mostrada.

Fatos bizonhos como a inspeção feita pelos fiscais a bordo e um alicóptro cedido pela própria Chevron e que não tinha autonomia prá sobrevoar a mancha inteira. Só deu prá ir e voltar no lcocal da plataforma. Depois as conversas de arremesso de areia prá afundar a mancha, o equivalente a varrer prá baixo do tapete. Falta de equipamento de coleta, diferenças brutais de informações sobre volume do vazamento, inexistência de planos de emergência e contingências na instalação, sumiço de autoridades e por aí vai. O fato da plataforma usada ser uma velharia recusada pela Petrobras há mais de 10 anos, nem precisa falar né? Uma verdadeira zona.

E por conta de quem? Prá mim, da ANP aparelhada com petralhas e ou a eles submissos e pela ausência de técnicos com autonomia de ação profissional e não política em todas as etapas do processo de concessão da exploração.
Sem falar nas teoria da conspiração: a Chevron estaria ultrapassando seu limites de perfuração e procurando atingir o pré-çau.

Aliás, isso é outra coisa. Um poço dito convencional da ordem de 1.200 m de profundidade, e dá uma mer** dessas, imagine a mais de 8.000 metros?

depois da tragédia contecida, aparece Ibama prá multar em 50 milhões de reais, ministros que nem têm nada a haver com o saco de pipoca criticando e fazendo ameaças, solicitações de todos os lados de documentos, estudo, planos, nhem-nhem-nhem; "exigidos" pelos órgãos para provar se estava ou não a Chevron preparada para o acidente.
O dono da maior coleção de coletes da face da terra, o atual secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o estado vai exigir indenização em valor que pode chegar a 100 milhões de reais. O caboco está investindo o tempo não em achar solução para o problema mas em discutir punição à companhia. Com fosse coisa que entendesse de alguma poha, alertou que a Chevron poderá perder o direito de participar de licitações de exploração durante cinco anos e disse que "O Rio não será cenário de impunidade" para crimes ambientais, coroando com uma frase emblemática: "Subestimaram a pressão excessiva ao lado de uma fissura. Este acidente poderia ter sido evitado". Não é prá rir?
Não tenho muitos conhecimentos sobre o tema, mas trabalhei alguns anos prestando serviço na refinaria de manaus. Haviam exércícios de acidentes de várias naturezas pelo menos 2 vezes por ano. Tenho o sentimento que tentar a dispersão do óleo no oceano por meio de jatos de água não é a melhor forma. O que já vi foi o uso de barcaças coletoras que fazem o recolhimento de óleo da superfície evitando sua permanência no meio líquido, no caso o oceano. Também seu que existem detergentes bio-degradáveis adequados, embora nunca tenha assistidi seu uso.

A ser verdadeiro o lance de jogar areia prá fazer o óleo afundar, alguém tem que ser preso rapidinho...Sou obrigado a adotar a frase do Minc: não pode ficar impune. Existejm outros poços e outras empresas operando na área e têm que ficar sabendo que o couro vai comer. É uma questão seriíssima. O governo precisa penalizar a Chevron de uma forma muito forte, enquanto empresa e seus responsáveis técnico e administrativo de forma pessoal.

Tudo que penso do aparalhamento da ANP, vale para ANEEL, ANATEL, ANTAQ, ANTT e demais agências, sem autonomia técnica e politicamente contaminadas.

3 comentários:

Regina Brasilia disse...

Aparelhamento de instituições e de pensamento. As empresas públicas, aparelhadas fisicamente. A imprensa, doutrinada. Por que ninguém questionou a Petrobras quando esta afirmou "se defendendo" que não aceitou a plataforma da Chevron por ser de baixa qualidade? Mas não é a Petrobras, parceira da Chevron? Que poha é essa?

Existem aquelas perguntinhas básicas ensinadas no primeiro dia de aula de qualquer curso de comunicação social/jornalismo. Por que, para que, quem, quando, onde, como, etc. Nossa imprensa genuflexa voluntária não faz nada disso. Ninguém questiona nada.

opcao_zili disse...

Sem citar nomes, procedência ou o que quer que seja, seu colega disse que estão fazendo o certo >>> cimentar a fissura. Mas é um trabalho que demora e é difícil.
Será que essa cia não estava fazendo, já, a experiência do pré-sal, com autorização?
Esse setor têm muitos segredos.Veja, essa camada do pré-sal é conhecida desde o governo militar e só agora foi divulgada.
O molusco o fez para causar essa "zorra"de briga que presenciamos atualmente.
É um setor difícil de "palpitar". Não me arrisco.

CHUMBOGROSSO disse...

Cacique, senti falta de óleo na lata da cozinha. Vou ver se não tem buraco de broca na pia.... hehehe