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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Por Falar em Canonização...(2)

As ações dos Estados Unidos na busca decenal pelo terrorista Osama Bin Laden mundo afora vêm sendo "analisada por especialistas" e contestadas por puristas pelo mundo afora.

Aqui em Banânia não podia ser diferente. Pulam de todos os lados críticas "aoszamericanus" por haverem "violado" a soberania do Paquistão, por haverem morto pessoas "inocentes" na missão, por haverem "desperdiçado" bilhões de dólares nas investigações, por haverem omitido registros por fotos ou filmes do pré e pós ataque e mais uma série de argumentos.

Houve até o caso do vereador Walmir Jacinto uma jumenta do PR do Anápolis que chegou a propor um minuto de silêncio por um terrorista assumido, único caso no mundo, a não ser entre seus fieis e insanos seguidores.

Não vou aqui fazer juízo de valores do que seja certo ou errado, mas cabe se fazer algumas colocações:



  1. O sentimento nacionalista americano é muito superior a qualquer um outro no mundo. Adversários sempre se uniram quando estão em jogo os interesses da nação; diferente, por exemplo, de plagas tupiniquins, onde os inescrupulosos e "poderosos" brasileiros que atingem pontos chave na administração pública nos três poderes e nas três esferas (federal, estadual e municipal) procuram colocar seus interesses pessoais e familiares acima da necessidade coletiva.


  2. Programas de governo e projeto de poder são coisas diferentes. Os partidos políticos se diferenciam no Brasil por apresentarem linhas de acomodação de apaninguados e não de meios e métodos de implantarem conjunto de ações para seus princípios filosóficos de geração de riquezas comuns, bem estar social, respeito à iniciativa privada, educação, segurança, infraestrutura, etc; que visem desenvolver a NAÇÃO E SEUS MEMBROS, incentivando os que podem fazê-lo por seus meios e protegendo e ajudando os que não podem.


  3. Essas duas "pequenas diferenças" não permitem uns e outros ao menos entenderem o que levou os americanos a fazerem o que fizeram. Na sua concepção (e não vou discutir se é certa ou errada) eles pegaram e mataram um inimigo da nação e do povo americano, que por suas ações matou quase 3.000 pessoas nos atentados em Nova York, além de inúmeros outros mundo afora, inclusive o que vitimou o diplomata Sérgio Vieira de Mello no Iraque, certamente um brasileiro que seria o seguinte Secretário Geral da ONU, por méritos próprios e carreira brilhante, diferente do EX que quer o cargo na marra.


  4. Bin Laden não era nenhum "terrorista aposentado", como bem define Augusto Nunes em sua coluna de ontem, esperando a oportunidade de um justo julgamento em um tribunal neutro e a quem foi negado o sagrado momento de um sepultamento digno. Quem o acompanhava no momento da ação no Paquistão não eram também paisanos inocentes que desfrutavam de sua imensa sabedoria e ensinamentos.


  5. O Paquistão mantém em seu território uma base americana. O seu governo poderia não saber da missão altamente secreta dos SEAL's mas sabia das investigações em curso há anos em suas fronteiras, assim como no Afeganistão na busca pelo terrorista.


  6. Pode não ser verdade que o corpo foi atirado ao mar, mas a argumentação é válida: nenhum país quis ser o sacrossanto local do sepultamento, certamente alvo de peregrinações e manifestações raivosas e sangrentas Ad Eternum.


  7. A não divulgação de imagens, por foto ou vídeo, do evento em sua preparação, execução ou conclusão, tem como base o ditado popular que diz "O que os olhos não veem, o coração não sente". Os afiliados à Al Qaeda que fiquem imaginando uma pessoa após um ataque SEAL. Basta ver os filmes de Steve Seagal ou Chuck Norris.

No resumo: quem foi pego finalmente foi um terrorista desalmado, desequilibrado e homicida que, lamentavelmente, teve tempo e recursos em vida de desenvolver uma rede internacional e apátrida de loucos dispostos a matar inocentes em nome de uma deturpação dos textos islâmicos.


NOTA: Usei a imagem de Sérgio Vieira de Mello por ser mais justa com o lado do bem.

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