Read In Your Own Language

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BEC:Batalhão de Empreitada de Construção

Baseado em reportagem de Tânia Monteiro para o Estado de São Paulo - 30/04/2011


Resgatemos um pouco a história.

A Engenharia Militar é o ramo da engenharia que dá apoio às atividades de combate dos exércitos dentro do sistema MCP (Mobilidade, Contramobilidade e Proteção) construindo pontes, campos minados, estradas, etc; se encarregando da destruição dessas mesmas facilidades do inimigo e aumentando o poder defensivo por meio de construção ou melhoramento de estruturas de defesa, como fortes e linhas avançadas de combate estratégico, por exemplo.

Além dessas missões clássicas de apoio ao combate em situação de guerra, em época de paz atua como pioneira ou colaboradora na solução de problemas de infra-estrutura do desenvolvimento nacional.
Os engenheiros militares que têm por missão precípua atuar em situações de combate são designados Sapadores ou Engenheiros de Combate
A primeira civilização a ter uma força especialmente dedicada à Engenharia Militar foi talvez a Romana. As legiões romanas tinham um corpo de engenheiros conhecidos por architecti. A Engenharia Militar Romana tornou-se proeminente entre as suas contemporâneas e a escala de certos dos seus feitos, tais como a construção de fortificações com comprimentos superiores a 60 km em apenas algumas semanas.
Com em Banânia tudo se transforma, as forças de engenharia do exército vêm tendo sua linha de atuação literalmente distorcidas. Os batalhões ou grupamentos de engenharia estão sendo usados em larga escala, eu diria em escala industrial, com empresas de construção.

Com a famosa incompetência administrativa de BEM contratar do (des)governo, a roubalheira disseminada em todos os escalões e a falta de trato com meios convencionais de trabalho, os BEC's estão atuando em seu limite de capacidade de emprego das tropas e a Força não tem mais condições de atender a qualquer novo pedido de "ajuda" do Palácio do Planalto.

A "empreiteira" Exército atende preferencialmente a projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - já pode rir?- e trabalha hoje nas obras de sete aeroportos, três rodovias e na transposição do Rio São Francisco, não tendo mais como ajudar na infraestrutura dos estádios da Copa, próxima meta da corja.
"A nossa capacidade operativa está completamente empenhada", disse o chefe interino do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, general Joaquim Brandão. "Não tenho reserva", completou, sobre a falta de pessoal e equipamentos. Segundo o general, "se houver alguma emergência ou urgência", o Exército terá de "parar alguma obra para atender à necessidade premente".
Como o que não falta neçepaiz é emergência, dada à serrergonhice reinante na administração da federação, estados e municípios, é facil de prever o que pode acontecer.
Os 12 Batalhões de Engenharia e Construção e os 12 Batalhões de Engenharia de Combate dos Comandos Militares regionais estão envolvidos até o pescoço em 40 projetos, o que dá um volume de 50 obras espalhadas pelo Brasil. No total, a engenharia do Exército conta 10 mil homens, incluindo os 750 permanentemente envolvidos com a missão brasileira no Haiti.
Por causa das atuais limitações, o Exército não pôde atender o pedido do Planalto e do governo do Espírito Santo para que a Força se envolvesse com a construção do terminal do aeroporto de Vitória. Há duas semanas, o então presidente em exercício Michel de se Temer muito; já que dona deelma estava na China fazendo visitas, chamou o general Brandão a seu gabinete para conversar com o governador capixaba, Renato Casagrande (PSB), e a bancada de parlamentares do Estado. Eles pediram que o Exército assumisse e executasse a obra.

Dada à falta total de recursos na manutenção das estruturas militares, a penúria em todos os quartéis é notória. O equipamento disponível está às traças e quase em ruínas, restando aos valorosos militares a pratica do canibalismo, quando unidades servem de almoxarifado às demais.

O glorioso João Carlos de Villagran Cabrita (Montevideu-30/12/1820 a Itapiru-10/04/1866) Patrono da Arma de Engenharia que participou da criação da primeira unidade de Engenharia do Exército Brasileiro, o 1º Batalhão de Engenheiros, ativo participante da campanha da Guerra do Paraguai, deve revirar no túmulo ao ver sua criação sendo manipulada por políticos inescrupulosos, gananciosos e assaltantes do erário.

Deve ser torturante aos disciplinados oficiais e subalternos militares formados a duras penas na Escola Técnica do Exército e no Instituto Militar de Engenharia; serem "comandados" por inconsequentes manipuladores dos recursos da União.

Nenhum comentário: