A semana passada o ex-BBB e atual deputado federal Jean Willys, conseguiu fazer bloquear as contas de twitter e facebook do também blogueiro Carlos Renato Fortes Vendramini, o @crfvendramini; sob alegação de que ele havia sido preconceituoso por se manifestar contra projetos de casamentos e adoções por casais do mesmo sexo, proibições de recomendações religiosas ou familiares contra o homosexualismo e outros temas relativos a uma hipotética ação de homofobia.
Esses dias li sobre uma ação por perdas e danos morais sofrida por um restaurante que não dispunha de uma cadeira de tamanho adequado para uma senhora com o peso acima dos padrões.
O deputado jair Bolsonaro, que não tem essas papas todas na língua, está em vias de sofrer um processo de falta de decoro por ter dito "palavras ofensivas" à cantora Preta Gil que alega ter sido destratada como negra. Ele alega que a sua fala foi contra a promiscuidade que ela mesma já declarou em outras ocasiões ter vivido.
Por conta disso, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir - isso lá é sigla?), Luiza Bairros, disse que as declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) sobre cotas raciais e a possibilidade de um filho se apaixonar por uma mulher negra são "caso explícitos de racismo". "Não podemos confundir liberdade de expressão com a possibilidade de cometer um crime. O racismo é crime previsto na Constituição", disse Luiza. Socióloga e ligada ao movimento negro, Luiza Bairros diz acreditar que as manifestações racistas ocorrem na medida em que as pessoas negras vão se deslocando na sociedade e passam a ser vistas em lugares que eram historicamente ocupados por pessoas brancas. "Isso provoca reação. Para muitas pessoas, parece perda de espaço. Isso demonstra como ser branco na sociedade brasileira implica em determinados privilégios em detrimento dos direitos dos negros em geral", disse.
Remontando à minha situação, passo a temer que seja um verdadeiro atentado à progressão das igualdades sociais: sou homem, hetero, caucasiano, magro e católico.
A essa altura pouco importa se há que coexistir a ambiguidade de homens e mulheres, na sociedade; o que importa é que elas tenha privilégios que nunca tiveram.
Não interessa que os relacionamentos sexuais entre pessoas de sexos diferente são normais, naturais e saudáveis; o que importa é que se combata quem não aceita por princípios morais ou religiosos os comportamentos homossexuais.
Que se danem os que possuem equilíbrio entre peso e altura, o que vale é dar prioridade aos obesos.
Que apodreçam no fogo dos infernos os que pregam uma vida o mais santa possível, já que a promiscuidade carnavalesca deve se perpetuar todos os demais dias do ano.
Não vem ao caso nada disso. Muito menos se ao longo de toda uma vida pais, parentes, amigos e professores com quem interagi neste jubileu de ouro, deram o melhor de si para me fazer um bom profissional, cidadão e ser humano.
Pouco tem a ver as lutas para passar no vestibular e cursar engenharia com enormes dificuldades e passando muitas limitações inclusive alimentares durante o curso, andando de buzões lotados, dividindo livros em bibliotecas, dando aulas particulares em todos os horários disponíveis prá garantir alguma grana prá comprar isso tudo, sem comprometer ainda mais o parquíssimo orçamento da família que lutava com dureza para manter 4 filhos estudando.
Digo de novo, NADA disso adiantou: hoje sou homem, hetero, caucasiano, magro, católico e, acrescento, bem sucedido.
Portanto, sou um verdadeiro mau exemplo para a sociedade progressista.
Não saio mais nas ruas. Posso apanhar por isso. E o culpado serei eu.
2 comentários:
Ih, Cacique!
A esquerda vai inaugurar "guetos" para as minorias, como nós. Depois, campos de concentração. E olha lá se não formos para as câmaras de gás!
Não demorará muito e constará do Código Penal o seguinte “crime”:
Nascer branco e não integrar qualquer grupo de minorias.
Agravantes: ser heterossexual, católico e pertencer à classe social média ou alta.
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