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sexta-feira, 1 de abril de 2011

E Tiraram o Agnelli da VALE

Circula desde ante-ontem nos principais jornais os rumores, hoje confirmados, de que a VALE fará a indicação de um novo presidente através de uma empresa internacional de seleção de executivos após a elaboração de uma lista com três nomes, de onde o conselho de administração definirá o escolhido. O comunicado da empresa informa ainda sobre a realização de uma reunião de acionistas e do Conselho de Administração da Valepar nos dias 4 e 7 deste mês para homologar a contratação dessa empresa e indicar o novo diretor presidente. As indicações mais coerentes dão conta que Tito Botelho Martins, presidente da Inco, subsidiária da Vale no Canadá, será o substituto de Agnelli na presidência da maior empresa privada do Brasil. Desde 1985 na Vale, Martins é visto como um executivo "linha-dura" nas negociações. A substituição é uma consequência das ações que o (des)governo vem fazendo desde o final da gestão do EX e continuadas por deelma, que pressionam pela saída do executivo, apenas porque consideram que ele é inábil politicamente e refuta sugestões oficiais. Mas é uma empresa particular, meu povo. A Vale S.A. (Vale) informa que recebeu correspondência de seu acionista controlador, Valepar S.A. (Valepar), comunicando a realização de reunião prévia de acionistas e reunião do Conselho de Administração da Valepar nos dias 4 e 7 de abril de 2011, respectivamente, com a seguinte pauta: - Homologar a contratação de empresa internacional de seleção de executivos ("headhunter"). - Manifestar-se sobre a indicação do diretor presidente da Vale S.A., com base em nomes propostos em lista tríplice elaborada por "headhunter", para assumir o cargo após o término do mandato do atual diretor presidente. A indicação de Tito Martins, diretor-executivo de Metais Básicos da Vale e presidente da sua subsidiária canadense (Vale Inco), para a presidência da mineradora acalmou os ânimos na diretoria da empresa e entre seus empregados, que ameaçavam um movimento de revolta caso a indicação não seguisse critérios técnicos coerentes.

O fato é que tanta badalação absolutamente improdutiva causou queda de quase 10% no valor das ações da empresa na bolsa, gerando prejuízos inevitáveis aos seus acioninstas, inclusive os fundos de pensão das estatais.

É um absurdo que o (des)governo não respeite a propriedade privada e isso pode se tornar um precedente perigoso no Brasil. Uma pena.

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