Coisas do Brasil do PT. Está quase definido que o novo presidente do INCRA será o agrônomo Celso Lacerda será o novo presidente do Incra em substituição a Rolf Hackbart, desde setembro de 2003 no cargo (longevo né?). Seria uma "oxigenação" na administração pública, louvável e interessante se não fosse um pequeno detalhe: Lacerda é filiado ao PT do Paraná, onde já foi superintendente do Incra entre 2003 e 2008, e a indicação de seu nome teve o apoio do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) durante o processo de escolha. Além dessa boquinha regional, o cumpanhêru Lacerda era desde 2008 diretor de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra. Podia ser pior. O concorrente dele era Cássio Alves Pereira; secretário da Agricultura no governo da petista Ana Júlia Carepa no Pará, um estado onde os problemas fundiários são generalizados e geram dezenas de mortes e onde repousam em berço esplêndido dezenas de mandados de reintegração de posse, que durante o (des)governo da carimbozeira serviram de almofada de assentos. De qualquer forma, é um absurdo que o MST, uma organização marginal, sem existência legal, tenha esse poder.
Segundo informa a Folha de São Paulo, os funcionários do órgão afirmaram que a chegada de Lacerda pode indicar a aceleração da reforma agrária, cujos resultados durante os oito anos de governo Lula foram criticados por movimentos sociais agrários. O novo presidente nasceu em Tupã (SP) e se formou na Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), onde se licenciou em matemática. Antes de chegar ao Incra, passou 23 anos trabalhando com cooperativas de pequenos agricultores do Paraná, caracterizando ainda mais a promiscuidade entre fiscalizador e fiscalizados.
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