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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Depois das Bandeiras Tarifárias, Pagaremos o Risco Hídrológico


Todo negócio tem risco. Todo risco se cobre com seguros. Seguro de vida, de acidentes pessoais, de responsabilidade civil, de quebra de safra, e por aí vai. Todos contratados e pagos pelo dono do negócio. É assim que funciona no mundo inteiro. Mas não no Brejil do PT.
Rejubilem. Temos mais um "seguro" dos outros para pagar: o risco hídrológico.
Mas o que poha é isso? As geradoras hidrelétricas receberão uma graninha extra, arrecadadas em nossas contas de energia, todas as vezes que os volumes de seus reservatórios não as permitirem atender os seus contratos de fornecimento e precisarem adquirir energia de terceiros.
A falácia ainda contempla se dizer que "mas quando houver excesso de chuva, haverá redução de tarifa". Poha nenhuma... Os contratos de fornecimento não preveem isso. O que se contrata é o máximo que se puder fornecer, o que pressupõe reservatórios cheios, portanto não havendo "sobras" não previstas.
A MP que regulamenta mais esta usurpação de nosso bolso foi aprovada ontem na Câmara Federal por 251 a 173 votos. Ou seja, pra mandar bala no nosso c*, o governo tem maioria, mas pra aprovar a reforma fiscal não consegue votos.
Claro que saporra ainda vai ao senado, mas a pressa é grande pois tem que ser publicada antes do leilão das hidrelétricas, previsto para o próximo dia 25/11.
A existência dessa garantia será mais um atrativo que o governo oferecerá para o tal leilão que venho prevendo aqui ser um fracasso há meses, pois estamos em época de crise, sem financiamento interno, sem credibilidade externa, numa insegurança institucional enorme e com pretendentes pra lá de desconfiados. Ah... E com os fundos de pensão, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa falidos, não se podendo contar com o auxílio precioso deles como se fez no passado recente.
E o leilão prevê a entrada de 17 bilhões no caixa... Aquele mesmo caixa com um rombo de 110 bilhões.

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