Read In Your Own Language

sábado, 25 de julho de 2015

Lançar Foguete Não é Soltar Foguete


São duas atividades completamente diferentes.
Lançar foguetes é a atividade de manipular tecnologia de ponta, ou mais: tecnologia no estado da arte; para colocar em órbita da terra satélites com as mais variadas finalidades; ou ainda lançar em direção ao espaço sideral veículos de prospecção de conhecimento em lugares "onde nenhum homem jamais esteve"; como diria o diário de bordo da nave Enterprise.
Soltar foguetes é uma brincadeira perigosíssima, que também requer perícia e tecnologia; e não deve ser feita por amadores e curiosos, mas que se resume a queimar pólvora em ambiente controlado. Até porque também se chama Fogos de Artifício.
O Brasil sempre ensaiou o lançamento de foguetes de baixa altitude, desde a época dos governos militares, nas base da barreira do Inferno (Natal/RN) e Alcântara (Alcântara/MA) de maneira muito amadora e incipiente, quase tão artesanalmente quanto os fogueteiros de reveillon.
Na hora que se resolveu fazer pra valer e partir para se dispor no país de uma base de disparo de foguetes como Veículos Lançadores de Satélites - VLS; um negócio de bilhões de dólares, iniciou um programa conjunto com os Estados Unidos, convenhamos, o maior dos experts no tema, para operar e manter conjuntamente a instalação. Um acidente, levou a instalação a dar com os burros n´água quando houve uma explosão e destruição da base de Alcântara em 22/08/2003.
Há que se registrar que, antes do acidente, o Centro de Alcântara realizou vários lançamentos bem sucedidos de foguetes de médio porte entre 1994 e 2003.
Terrorismo dos comunistas? Sabotagem duzamericanus que queriam sacanear o Brasil? Inveja de chineses, franceses e russo? Sabe-se lá.
Fato é que o Centro ficou largadão por anos até que o gunverno vermelho do PT rompesse o acordo com os americanos e saísse na busca de outro parceiro. Tentou os comunistas, é claro: China e Rússia e gorou. Fecharam com a Ucrânia, tão potência espacial quanto as indústrias Caramuru, gigante dos fogos de artifício.
Pois agora, meio bilhão de reais de gastos depois, chegaram à conclusão de que era a maior roubada do mundo e que nunca se viabilizaria o negócio de VLS usando o foguete ucraniano Cyclone IV, que possibilitaria um retorno de apenas US$ 30 milhões por lançamento.
Numa conta de padaria, seriam necessários quase 4 lançamentos só pra pagar o dinheiro já imobilizado.
Agora vamos ter que sair correndo atrás duzamericanus de novo pra tentar reatar a parceira. Ou tentar franceses e alemães, países não neófitos mas incomparavelmente menos adiantados que uzianquis.

Nenhum comentário: