Uma longa e tenebrosa cadeia de empresas em ritmo acelerado de quebra, falência ou recuperação judicial vai se montando no Brasil na esteira das ações na Operação Lava a Jato na Petrobras.
Descoberta a gigantesca falcatrua montada na estatal, suas contratadas primárias, no olho do furacão, tiveram contratos suspensos ou cancelados e levaram de roldão as suas sub-contratadas no fornecimento de componentes, peças e serviços.
Levantamentos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos - ABIMAQ, seus membros ligados ao setor de óleo e gás estão pela bola sete. Tinham créditos a receber da ordem de 27 milhões de reais junto as empreiteiros principais em dezembro do ano passado. Agora, em final de maio, este número saltou para 412 milhões, um incremento de 1.400% no "Haver" da contabilidade.
Não tem quem aguente um rombo tão grande nos caixas. É impossível se manter portas abertas e empregos numa condição dessa.
Os mais destacados credores são os fabricantes de tubulações, caldeiras, equipamentos e componentes de refino, equipamentos e componentes eletro-eletrônicos e por aí vai.
Os grandes devedores são a Alusa, Odebrecht, Schaim, Ecovix, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia entre outras.
Os buracos negros onde sumiram estes reais e dólares são o Complexo do Rio de Janeiro, a Refinaria de Abreu e Lima e instalações de perfuração e sondagem da Petrobras.
As dívidas se referem a itens entregues e não pagos e outros encomendados que podrecem nas fábricas pois não mais serão aplicados nas obras.
Um instrumento que está se tentando para salvar alguma coisa é a "Cessão de Créditos"; quando o fornecedor principal autoriza a Petrobras a pagar direto para o sub-contratado e descontar de seu próprio faturamento, mas isso só funciona quando há créditos a receber e não atingidos por bloqueios judiciais.
Muitos operários vão sofrer com suas famílias por causa dessa sacanagem toda. E os bonitões nas suas mansões tomando champagne.
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