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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Agora Phodel: Vão Privatizar o Rio Madeira


Durante a audiência pública realizada na última segunda-feira (18), o representante do Dnit, Evaiton de Oliveira, afirmou  que  o rio Madeira está sendo  aterrado  pela sedimentação  do próprio  leito  do rio devido à construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, obra do Governado Federal em Rondônia.
Em função disso, o DNIT pretende privatizar a manutenção do canal do rio e o controle da navegação no leito.
Ao justificar a privatização do Rio Madeira, Oliveira afirmou que o intervalo entre dragagens do rio, necessária para manter a navegabilidade, diminuiu de cinco para um ano, após as obras das hidrelétricas.
“Acontece que com a construção das represas de Jirau e Santo Antônio a sedimentação que ocorria de forma rápida para desaguar no rio Amazonas e, por consequência, no oceano, ficou mais lenta e aquele assoreamento que ocorria a cada cinco anos passou ocorrer anualmente, então os custos aumentaram. Como resolver isso melhorando a qualidade da navegação e reduzir os custos da União? Privatização”, disse Oliveira na ocasião.
Também na audiência, o presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega), Raimundo Holanda, mostrou fotos em que aparecem os bancos de areia do Madeira e declarou que as dragagens pagas pelo Governo Federal não são realizadas. “Alguém faz de conta que faz, outro faz de conta que existe e alguém paga por isso (…). O DNIT está apaixonado por essa ideia de privatização e quando há paixão se faz besteira”, declarou.
O Rio Madeira nasce na Bolívia, na cordilheira dos Andes, onde leva o nome de Beni. Atravessa o Estado de Rondônia, banhando a cidade de Porto Velho, de onde segue até entrar em território amazonense, desaguando no Rio Amazonas.

O Rio Madeira tem extensão aproximada de 3.315 km, sendo o 17º maior rio do mundo em extensão.

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