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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Agências Aparelhadas = Incompetência


Tenho escrito aqui na Tribo, desde que a governANTA, arrotou aos quatro ventos  a falsa benesse de "redução dos custos das tarifas de energia no Brasil, que isto ia dar a maior merda.
A obrigação que impôs às empresas para renovação automática das concessões como contrapartida não ia solucionar o rombo que isto acarretaria.
Agora é fato notório e cabe em todas as páginas de jornais.
Pra não ter mais esta cagada nas suas pregações falsas da campanha, vem abafando o caso o quanto pode, mas agora phodel.
As empresas não aguentam mais e ainda vão pegar mais uma trolha na chavasca.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEELl) apresentou ontem (14/10) uma proposta de mudança para os preços mínimo e máximo da energia no mercado de curto prazo (chamado Preço de Liquidação de Diferenças - PLD), que vai por a pá de cal nos caixas das concessionárias.
Dizendo ter ouvido "sugestões do mercado", o órgão regulador propõe novos valores para a banda que regula os preços do mercado aberto; um máximo de 388,04 reais por megawatt-hora (MWh) e mínimo de 30,26 reais por MWh. Atualmente o teto do PLD está fixado em 822,83 reais e o mínimo está fixado em 15,62 reais. Se aprovados, os valores entram em vigor a partir de janeiro de 2015, ou seja, a bomba explodirá no colo do próximo presidente, que espero ser Aécio Neves.
Haverão audiências públicas e poderão acontecer sugestões entre 16 de outubro e 10 de novembro, culminando com uma audiência presencial na ANEEL em 3 de novembro. 
Este absurdo, contempla apenas a remuneração da operação e manutenção das usinas:NADA para investimentos em ampliação e melhoria/modernização. 
Destaco que os preços também refletem o comportamento do PLD nos últimos dez anos, uma vez que o valor da energia chegou ao teto somente em 2008 e em 2013 e por apenas uma semana. Em 2014, o valor permaneceu no teto por várias semanas entre fevereiro e maio. 
Com a baixa significativa nos reservatórios, as geradora hidrelétricas não puderam entregar o total de energia prometida nos contratos de geração, o que causou um rombo de 3,015 bilhões de reais aos donos desses empreendimentos apenas em setembro.
Pelo modelo adotado no setor elétrico, toda usina tem que garantir uma geração firme (mínima) de energia. 
Como, para manter um nível mínimo de segurança energética, ou seja, a garantia de abastecimento de todo o país ao longo do ano, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determina uma quantidade máxima de água que cada usina pode usar.
No momento, a ordem é dar a prioridade constitucional à água e geração de energia é das últimas. Assim, a geração das hidrelétricas tem ficado abaixo do volume projetado. Para compensar, é ampliado o volume de geração térmica, para assegurar que não haverá desabastecimento.
A conta não fecha para o dono da usina e cabe às hidrelétricas adquirir a energia que falta para suprir seus contratados no mercado de curto prazo de geração, o preço extra fica bem pertinho do valor do teto estabelecido pela ANEEL (hoje em 822 reais). A Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) informa que em setembro o valor médio do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) ficou em 728,95 reais por megawatt/hora. Somados os prejuízos das hidrelétricas, calculados pela CCEE desde janeiro, a dívida a ser compartilhada por todas as hidrelétricas chega a 16,4 bilhões de reais este ano. Estimativas para outubro mostram um acréscimo de mais 2,804 bilhões de reais.
Como dinheiro não dá em árvores, a conta virá diretinho em nossos bolsos. E aí não tem milagre. Nem Aécio, nam deelma nem o capiroto vão poder evitar.

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