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sábado, 13 de julho de 2013

E Continua o Desmonte

 
E continuam a pipocar as consequências da nefasta administração dos petralhas na estrutura de empresas públicas ou de economia mista.
Açodadas por ações político-partidárias, tanto a Petrobras quanto a Eletrobrás despencaram na credibilidade dos investidores e tiveram seu patrimônio dilapidado com consequente desvalorização acionária no mercado internacional, correndo ambas o risco até de insolvência.
Na continuação, outra superempresa segue para o risco de mergulhar no mesmo buraco: o BNDES.
Em via inversa do que ocorre com todos os bancos do Brasil, o patrimônio do Banco encolheu 38% entre março de 2011 e março de 2013 (para constar, a média de cinco grandes bancos públicos e privados registrou crescimento de 25%) conforme informações do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).
Além de aplicar suas reservas em empresas e empreendimentos de credibilidade prá lá de duvidosas, tipo as empresas do grupo X ; ou em ações caridosas-corruptivas, financiando obras e projetos em "países amigos" através de empreiteiras "mais amigas ainda", o (des)governo, necessitando de muita grana para pagar seus gastos astronômicos, inventou uma tal de Antecipação de Dividendos, sugando os poucos lucros que o bando obteve em operações seguras. 
Ou seja, a tão propalada capitalização do banco através de "empréstimos" do Tesouro Nacional na verdade é uma descapitalização pois se tira muito mais do que se põe. A FGV informa que o tesouro sacou reserva de lucro acumulado sem um aumento de capital compatível com o crescimento do crédito, daí o desastroso desempenho, acelerado pelas violentas perdas sofridas pelo banco com ações micadas da Petrobrás, Eletrobrás, Empresas X (já citadas) além de Embratel e Vale, por exemplo, o que se revela como perda de fôlego para o mercado de crédito.
O impacto negativo dessa tranqueira toda é de queda de cerca de R$ 23 bilhões no Patrimônio Líquido, quase o dobro do que foi pago em dividendos líquidos de aumento de capital no mesmo período, segundo fontes do próprio banco.
De acordo com o levantamento, o patrimônio líquido do BNDES caiu de R$ 75,602 bilhões em março de 2011 para R$ 46,799 bilhões em março passado, uma redução de 38%. No mesmo período, o Itaú Unibanco registrou aumento de 17% em seu patrimônio e o Bradesco, de 35%. O patrimônio líquido do Banco do Brasil teve expansão de 19%.
Contabilmente, com a redução do patrimônio, fica bem menor a capacidade do banco emprestar, pois existem regras internacionais de prudência na concessão de crédito, estabelecidas pelo Acordo de Basileia, que, em essência, diz que, para cada R$ 100 emprestados pelo banco, ele precisa ter um patrimônio de pelo menos R$ 11. Assim de diz que o banco teria um Índice de Basileia de 11%.
Nas cocheiras, se fala que o índice do BNDES caiu ainda mais. Um dos indicativos é a Medida Provisória 618, editada agora em junho, que autoriza o Tesouro a aumentar o capital da instituição em mais R$ 15 bilhões. A explicação oficial é exatamente de que o dinheiro será injetado para melhorar o Índice de Basileia do banco.
Só lembrando, se houver realmente a divulgação de que se verifica um aperto na capacidade do BNDES emprestar, isto afetaria a principal aposta do governo para "virar" o humor na economia e garantir o tal programa de concessões em infraestrutura que naturalmente, seria financiado para as empreiteiras amigas  a preço de bolo de goma.
Apenas em rodovias e ferrovias, o investimento previsto é de R$ 133 bilhões, dos quais R$ 79,5 bilhões ocorreriam nos próximos cinco anos. A promessa é que o banco de desenvolvimento financiará 70% dos empreendimentos – ou o equivalente a R$ 93,1 bilhões.
Bom, enfim... Os discursos não passam mesmo de balela e não resistem ao menor aprofundamento de análise. Tá tudo aí na grande rede. É só procurar.
Final da ópera: CANALHAS, MENTIROSOS, SEM-VERGONHAS.

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