Ontem estava muito chocado e emocionado com os lamentáveis fatos de Santa Maria quando li sobre isso. Deixei prá escrever hoje.
Em plagas tupiniquins, os gênios que herdaram de seus pais ou mães poderosos a extraordinária capacidade administrativa e empreendedora se multiplicam.
São Lulas da Silva, Calheiros, Jucás, Guerras que pipocam como estrelas geradoras de riquezas fabulosas; não por acaso entremeadas com a proximidade de seus pais com o poder.
Até mesmo as antigas concumbinas, hoje chamadas de amigas íntimas, têm seus momentos de glória, vide Mónicas e Roses que pululam por aí.
Mas nem os crentes em sacís e duendes teriam a ousadia da madame Isabel dos Santos, filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos que, segundo a revista Forbes, é a primeira bilionária da África.
Por meio de uma imprensa muito mais manipulada e comprada que a nossa, os angolanos são doutrinados a acreditar que a fortuna da maior investidora em empresas européias vem de uma cobra, pertencente ao seu marido, que “cospe dinheiro” todos os dias aos borbotões.
Formada em engenharia no King´s College de Londres, Isabel dos Santos abriu o seu primeiro negócio em 1997 – um restaurante chamado Miami Beach, em Luanda.
Na sequência de gênia ao estilo Eikiano, migrou para a Zoropa, posto que a nação africana não comportaria seu espírito adiantado para os séculos XX e XXI e passou a carcar fichas em ações de empresas bem cotadas na bolsa de Portugal, com ativos em Angola, que elevaram o valor líquido da fortuna de Isabel acima dos 10 zeros medidos em Euros.
No meio da farra, tem os dois pés nos negócios mundialmente famosos dos "diamantes de sangue" de seu país; e em outras áreas de negócio, tais como hotelaria, petróleo, bancos e telecomunicações.
Em Portugal, detém importantes participações através da Santoro Finance no Banco Português de Investimento e no Banco BIC Português, que controla agora o Banco Português de Negócios.
Tem as garras ainda na Galp Energia e na ZON Multimédia, em parceria com a Unitel International Holdings. Há quase dois anos, a Sonae assinou um acordo de parceria com a empresa angolana Condis, controlada por Isabel dos Santos para gestão de atividades imobiliárias reservadíssimas.
Só prá lembrar, o 9 dedos e muitos de seus asseclas, incluindo as empreiteiras abençoadas como a Odebrecht, visitaram Angola com muita frequência. Se estavam modelando coisas ou incentivando a genialidade dos filhotes empreendedores, só saberemos se lermos mais atentamente as manchetes dos jornais de Portugal, pois em Angola, com certeza, nada sairá.
Se bem que os patrícios estão ávidos por investidores em sua combalida economia.
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