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sábado, 25 de agosto de 2012

SEGUROBRAS: Outra Teta Prá Mamar


Caladinhos, encondidos entre as medalhas das olimpíadas e as sessões do mensalão, os congressistas aprovaram a criação de uma nova e caríssima empresa estatal: a SEGUROBRAS, visando cobrir os enormes riscos de engenharia envolvidos nas ilusórias obras de infraestrutura do (des)governo.
A medida provisória já foi aprovada no Congresso e deve ser sancionada por Dilma Rousseff na próxima semana.
O nome oficial do monstrengo é Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias, e pretende além de dar garantias de obras de infraestrutura, competir com as seguradoras privadas em áreas como habitação, crédito estudantil, exportação e até o de veículos, a maior cereja do bolo. A estatal também poderá comprar participações em seguradoras já existentes.
O mercado é estratégico, cresce em média 20% ao ano desde 2007 e faturara coisa de R$ 105 bilhões ao ano. Só os seguros de risco de engenharia movimentaram R$ 912 milhões no ano passado.
Caro que as seguradoras privadas (e qualquer pessoa de bom senso) são contra a criação da concorrente estatal. Primeiro porque o mercado será afrontado com uma empresa que terá condições privilegiadas, principalmente no que toca às obras de infraestrutura. Outro fator é quanto à melhor gestão de riscos dos empreendimentos, pois, o dono da obra, o governo, participa das execução, gea o maior risco, o político e ainda é o vendedor das apólices. A raposa com a chave do galinheiro, mais ou menos.
Essa aberração já vem da época do 9 dedos, quando a proposta foi apresentada pela primeira vez. As críticas fizeram com que ela fosse arquivada, mas agora, na surdina, ressuscitaram.
Num primeiro e ilusório momento, a tal agência ofereceriá apólices para segmentos de mercado mais difícil, como crédito estudantil, imóveis para baixa renda, aquisição de máquinas, portos e obras de altíssimo risco; mas, na passagem pelo congresso, o projejo ganhou mais tentáculos, visando atuação plena no ramo.
O argumento é ridículo: "Esse setor precisa de concorrência para que os preços não inviabilizem os investimentos".
Na visão das empresas privadas do ramo, não é verdade que as garantias e os seguros sejam tão altos no Brasil e até têm preços compatíveis com os internacionais. Eu não sei essa comparação, mas me parece que o governo não tem que se meter nisso. Não existe obra que deixou de ser feita por problema de capacidade de seguro.
Além de ser um excelente negócio gerador de emprego prá cumpanherada, fonte inesgotável de taxas de sucesso, será uma beleza para as empreiteiras e os concessionários das instalações (dona deelma não privatiza, faz concessões).
A estatal possibilitará às empresas contratarem novas garantias e apólices para as obras de infraestrutura do governo, com preços bem mais baixos que os do mercado. A diferença poderá ser carreada para algm bolso.
A CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras) enviou carta à governANTA pedindo o veto dos dois artigos que aumentam a área de atuaçãodo frankenstein, invocando até o acordo fechado com loola.
"É uma mensagem péssima mudar as regras depois que o mercado se preparou para isso", diz Jorge Hilário Vieira, presidente da CNSeg.
Vamos ter mais uma coisa prá ficar de olho. Zé Zuis me abane forte.

Um comentário:

Rose disse...

Quanto mais o PT cria ou aparelha estatais e outros organismos, pior fica a qualidade dos serviços prestados pelo setor público. E isso está contaminando o setor privado, que deveria ser de excelência se o PT não tivesse aparelhado também as Agências Reguladoras.