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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio Negro: Os Perigos Pós-Enchente


Já estamos a quase um mês que as águas do rio Negro, que atingiram seu nível histórico mais elevado (29,97 metros) e começaram a baixar.
Começa agora uma nova batalha: higienizar as áreas atingidas e evitar que doenças gravissimas como a Hepatite nas versões A e E, a leptospirose, a febre tifóide, verminoses, gastroenterites, dermatites (doenças de pele), conjuntivites e doenças diarréicas; decorrentes da contaminação de águas e terras por vírus, bactérias e protozoários pela mistura com os esgotos nas regiões alagadas.
O médico infectologista Antônio Magela explica que as doenças da vazante são as mesmas que circulam no período de cheia; as chamadas doenças de veiculação hídrica; além daquelas infectoparasitárias cujas condições de moradia e higiene facilitam a sua transmissão. As doenças são as mesmas. Os cuidados preventivos também são os mesmos.
Ainda de acordo com o dr. Magela, entre as doenças, as hepatites requerem maior atenção das autoridades de saúde e cuidados preventivos da população. No período de janeiro a maio desse ano, a Fundação de Medicina Tropical - FMT (uma referência mundial, diga-se de passagem) registrou 144 casos de hepatite A; 29 casos de leptospirose; e um caso de febre tifóide.
O médico adverte, também, sobre o uso de poços artesianos, que ficaram submersos durante a cheia. “É preciso fazer uma avaliação técnica para saber se ainda é possível utilizar o poço, que pode ter se transformado em depósito de doenças”, alertou.
Por diversas vezes foram distribuidas cartilhas bem simples e efetivas que orientam a população a tomar cuidados próprios com a qualidade da água consumida nas casa, como por exemplo purificá-la com hipoclorito ou usando o velho e eficiênte tratamento caseiro com duas gotas de água sanitária para cada litro de água que quiser tratar. São medidas simples e importantes que evitam muitos males. Esta água purificada deve ser utilizada para beber e também para lavar e preparar os alimentos.
Além disso, cresce a chance de exposição das pessoas a animais peçonhentos. A FMT atendeu 144 pacientes que sofreram acidentes desta natureza.
No que se refere à limpeza das áreas, com a remoção de entulhos e lama, uma importante dica para se prevenir das doenças citdas e outras; é fazer o trabalho sempre com o uso de equipamentos de proteção, como luvas, máscaras e botas para evitar possíveis cortes.
Urge que as autoridades façam sua parte recolhendo lixo, lavando ruas e drenando eventuais poços que restem de águas infectadas.

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