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sábado, 5 de maio de 2012

Ousadia ou Oportunismo?

Chamado por muitos jornais de OUSADA, a ação de dona deelma sobre as regras da caderneta de poupança parecem mais um ato de oportunismo.
Tida e havida como "a opção dos pequenos aplicadores, o seguro das reservas financeiras dos mais pobres, o destino das moedas dos cofrinhos"; a caderneta de poupança sempre foi preservada em todos os famosos planos financeiros por que este país passou. Apenas o tresloucado Collor ousou confiscar seus depósitos em nome de uma liquidez necessária a municiar sua espingarda para o único tiro que poderia dar na inflação.
Preservando em parte os "direitos adquiridos" dos poupadores mais antigos, as novas regras amarram os rendimentos às taxas manipuladas ao bel prazer dos governantes.
Feito isso, diz ter se libertado as amarras para que a taxa SELIC seja levada a patamares cada vez mais baixos, permitindo o "controle do spread" que os bancos praticam em seus empréstimos.
No raciocínio do governo, ao reduzirem essa margem, os bancos vão aumentar o volume de crédito e reduzir a inadimplência, criando um ciclo virtuoso que permitirá novas reduções de juros.
Um termo em voga é a Portabilidade Financeira, que seria a permissão para que os clientes levem suas dívidas de banco em banco na busca de taxas de financiamento menores.
Com isso, seria também possível extender os empréstimos consignados, quem sabe convencendo até a iniciativa privada a utilizar este mecanismo, para além das fronteiras dos bancos que se beneficiam dos salários e rendimentos da previdência depositados compulsoriamente sob uma determinada bandeira, quase sempre de grandes doadores de campanhas federais, estaduais ou municipais; com destaque daquela famosa marca BMG que abocanhou zilhões de depósitos e emprestimos vinculados por ocasião do inicio do maior dos escândalos desde Cabral (o Pedro e não o Sérgio); o MENSALÃO.
Penso que os juros reduzidos que se pretende obter, utilizando o nosso dinheiro de impostos aplicado no Banco do Brasil e Caixa Economica, como líderes do pushing down das taxas; irão trazer ao Brasil mais inadimplência, pois os novos devedores ou aqueles que negociarem com estes bancos suas dívidas vindas de outros, não têm a cultura do compromisso com reduzir suas dívidas de forma efetiva. Parte considerável dessa verba nova será convertida em TV's de LCD ou LED, carros e outras facilidades concedidas à emergente classe C.
Uma vez que não há políticas publicas sérias para combater a corrupção, as reformas trabalhista ,tributaria, legislativa, etc; não saem, este governo está somente montando um teatro para ganhar as eleições deste ano, ampliando suas base municipais, no tão sonhado rumo à perpetualização no poder..
Basta ver que o presidente do partido ligado à governANTA disse que "O poder da mídia que aí está tem que ser enfrentado".
Rui Falcão declarou que, depois de levar os bancos à alça de mira em sua cruzada contra os juros altos, deelma prepara-se para mover a infantaria do governo na direção dos veículos de comunicação.
Num tom extremamente bélico, Rui disse que "este é um governo que tem compromisso com o povo e que tem coragem para peitar um dos maiores conglomerados, dos mais poderosos do País, que é o sistema financeiro e bancário; e agora se prepara para um segundo grande desafio, com que iremos nos deparar na campanha eleitoral, que é a apresentação para consulta pública do marco regulatório da comunicação.”
Coroando o insano pensamento, Falcão junto num mesmo tacho bancos e meios de comunicação, tratando-os  como antagonista do petismo:
O grande fetiche dos petralhas continua sendo, portanto, o projeto que cria o Marco Regulatório das Comunicações, aquele monstrengo ditatorial gerado pela avuada cabeça do Frankin Martins durante o tempo do 9 dedos no governo (???).
Ainda que seja leviano, vou tomar Falcão a sério. Neste caso, deelma estaria na bica de desengavetar o projeto na esteira da investida contra os bancos, antes de outubro e em meio à campanha municipal de 2012.
Falcão falou ainda sobre Cachoeira, Demóstenes, e outros não atrelados ao governo, livrando a cara de Cabral, Dudu, Agnelo e os apaninguados. Mas isso é outro tema.
Fico só na parte de que vão usar esta CPI (CPI ZZA) para gerar uma cortina de fumaça sobre o julgamento no STF do processo do mensalão. Ou, no dizer de loola e Cia., "a farsa do mensalão".
As palavras de Ruizão indicam que a atuação da imprensa vem sendo incômoda e eles vão usar de todos os meios de fazer calar a mídia, nem que prá isso, alguns tenham que ser imolados.
A ver...

Um comentário:

Nair Pessoa disse...

O "pouco" que o governo tirou de muito dos muitos brasileiros foi mais uma manobra para e encher os cofre dos petralhas que precisam sempre de muito dinheiro para comprar os corruptíveis deste Brasil! ODEIO ESTE PAÍS e sonho poder, um dia ir embora dessa Republiqueta NOJETA DA América do sul!