Com Informação do Portal G1
Brasileiro adora uma sigla. Mas tem duas que, a meu ver, devem merecer toda atenção.
DEC ou Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor e FEC ou Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor. São os índices que conferem a qualidade no serviço de fornecimento de energia. São definidos de uma forma geral (igual à Nossa Senhora de deelma) para o setor elétrico e particularizados por concessionária, grupos ou famílias de empresas, por região e até por cidades e localidades isoladamente. Há portanto Ítem de Controle. Mas se são cumpridos é que são elas.
Mesmo tendo me acostumado a ter muito cuidado no uso de números médios, posto que sempre distorcem a verdade, leio que a aparelhada e manipulada Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL divulgou recentemente um quadro geral da qualidade do serviço elétrico brasileiro.
E os resultados são péssimos, de ponta a ponta da nação. O brasileiro ficou no ano passado, em média, 18 horas e 42 minutos sem luz. A marca é a segunda pior desde 2000 e superou a registrada em 2010, quando o país esteve “no escuro” por 18 horas e 38 minutos, em média.
Este número supera em muito, o limite estabelecido pela ANEEL para o DEC (16 horas e 22 minutos) e o FEC (13,61 interrupções).
O G1 fez um levantamento dos dois índices apresentados no ano passado pelas distribuidoras. Das 65 empresas, 23 – pouco mais de um terço – deixaram de cumprir pelo menos uma das duas metas. Em 2010, foram 20.
Como se vê a degradação do setor elétrico, essencial para a estabilidade da produção industrial e o conforto doméstico, é gritante desde a assunção dos petralhas ao poder.
Este número supera em muito, o limite estabelecido pela ANEEL para o DEC (16 horas e 22 minutos) e o FEC (13,61 interrupções).
O G1 fez um levantamento dos dois índices apresentados no ano passado pelas distribuidoras. Das 65 empresas, 23 – pouco mais de um terço – deixaram de cumprir pelo menos uma das duas metas. Em 2010, foram 20.
Como se vê a degradação do setor elétrico, essencial para a estabilidade da produção industrial e o conforto doméstico, é gritante desde a assunção dos petralhas ao poder.
No afã de colocar seus apaninguados em cargos-chave deixam sistemaicamente de dar o devido valor à parte técnica e o resultado é inegável.
As próprias concessionárias informam à ANEEL seus números de DEC e FEC e depois, a agência faz uma fiscalização (???) aleatória para confirmar se eles estão corretos.
As próprias concessionárias informam à ANEEL seus números de DEC e FEC e depois, a agência faz uma fiscalização (???) aleatória para confirmar se eles estão corretos.
Das 23 distribuidoras “reprovadas” no ano passado, 13 deixaram de cumprir a meta de duração dos apagões, 3 a meta de frequência e 7 desrespeitaram ambas.
A região Norte é a que apresenta o maior número de concessionárias com problemas. Seis das dez distribuidoras registraram índices de DEC ou FEC acima do determinado.
Entre as 23 concessionárias com desempenho abaixo do esperado, estão cinco das seis distribuidoras de energia administradas pela própria ELETROBRAS nas Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre e Amazonas. A única que cumpriu as duas metas foi a Eletrobrás Distribuição Roraima.
Para o diretor-presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, a qualidade do serviço de distribuição tem piorado. De acordo com ele, falta fiscalização por parte da ANEEL que, na visão dele, precisa arrumar meios de obrigar as concessionárias a darem respostas mais rápidas para os problemas no setor.
Sabe-se que o sistema de distribuição de energia no Brasil é frágil pois falta engenharia no planejamento, operação, manutenção e obras das concessionárias para garantir que os investimentos necessários sejam feitos.
Em sua defesa o diretor-geral da ANEEL, Nelson Hübner, diz que a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras é uma “preocupação permanente” da agência. De acordo com ele, a Agência pode cassar a concessão de empresas que insistirem em não cumprir as metas estabelecidas.
É claro que as empresas investiram em seus sistemas mas carece de qualidade nessa aplicação e fica claro que não trouxeram o resultado esperado.
Os números de DEC e FEC vão passar a ter impacto direto no reajuste da tarifa das concessionárias. Quanto menores os índices, maior vai ser o reajuste a que a empresa terá direito. Isso poderá amenizar a situação ou piorar de vez. O descumprimento das metas vai significar aumento menor da tarifa e, num efeito bola de neve, menos investimento.
O presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, afirmou que está “muito preocupado” com o descumprimento das metas de qualidade pelas distribuidoras de energia controladas pela empresa (Rondônia, Acre, Amazonas, Alagoas e Piauí).
De acordo com ele, serão investidos R$ 2 bilhões por ano a partir de 2012 para melhorar a qualidade do serviço nas distribuidoras. “Com esse programa, nós temos certeza que, gradativamente, vamos melhorar os nossos níveis de tal forma que, em 2014, a gente esteja no patamar das melhores empresas de distribuição”, afirmou ele.
As desculpas são as mais variadas: interrupções não programadas e realizadas pelas supridora, problemas na rede causados por acidentes, chuvas, raios e vandalismo, asfixia financeira de empresas, elevação no número de abalroamento de postes, e até o trânsito nas cidades.
Até a outrora poderosa e modelo CEMIG, distribuidora em Minas Gerais, deixou de cumprir a meta de duração das interrupções em 2011. Segundo a empresa, isso se deve ao aumento no número de desligamentos programados, feitos pela própria distribuidora para realizar manutenção preventiva e melhorias.
Publico o quadro abaixo para guardar o registro histórico do fato, mesmo sabendo que é cansativo para o leitor. Mas mesmo assim veja como está a situação da concessionária de sua cidade.
Entre as 23 concessionárias com desempenho abaixo do esperado, estão cinco das seis distribuidoras de energia administradas pela própria ELETROBRAS nas Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre e Amazonas. A única que cumpriu as duas metas foi a Eletrobrás Distribuição Roraima.
Para o diretor-presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, a qualidade do serviço de distribuição tem piorado. De acordo com ele, falta fiscalização por parte da ANEEL que, na visão dele, precisa arrumar meios de obrigar as concessionárias a darem respostas mais rápidas para os problemas no setor.
Sabe-se que o sistema de distribuição de energia no Brasil é frágil pois falta engenharia no planejamento, operação, manutenção e obras das concessionárias para garantir que os investimentos necessários sejam feitos.
Em sua defesa o diretor-geral da ANEEL, Nelson Hübner, diz que a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras é uma “preocupação permanente” da agência. De acordo com ele, a Agência pode cassar a concessão de empresas que insistirem em não cumprir as metas estabelecidas.
É claro que as empresas investiram em seus sistemas mas carece de qualidade nessa aplicação e fica claro que não trouxeram o resultado esperado.
Os números de DEC e FEC vão passar a ter impacto direto no reajuste da tarifa das concessionárias. Quanto menores os índices, maior vai ser o reajuste a que a empresa terá direito. Isso poderá amenizar a situação ou piorar de vez. O descumprimento das metas vai significar aumento menor da tarifa e, num efeito bola de neve, menos investimento.
O presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, afirmou que está “muito preocupado” com o descumprimento das metas de qualidade pelas distribuidoras de energia controladas pela empresa (Rondônia, Acre, Amazonas, Alagoas e Piauí).
De acordo com ele, serão investidos R$ 2 bilhões por ano a partir de 2012 para melhorar a qualidade do serviço nas distribuidoras. “Com esse programa, nós temos certeza que, gradativamente, vamos melhorar os nossos níveis de tal forma que, em 2014, a gente esteja no patamar das melhores empresas de distribuição”, afirmou ele.
As desculpas são as mais variadas: interrupções não programadas e realizadas pelas supridora, problemas na rede causados por acidentes, chuvas, raios e vandalismo, asfixia financeira de empresas, elevação no número de abalroamento de postes, e até o trânsito nas cidades.
Até a outrora poderosa e modelo CEMIG, distribuidora em Minas Gerais, deixou de cumprir a meta de duração das interrupções em 2011. Segundo a empresa, isso se deve ao aumento no número de desligamentos programados, feitos pela própria distribuidora para realizar manutenção preventiva e melhorias.
Publico o quadro abaixo para guardar o registro histórico do fato, mesmo sabendo que é cansativo para o leitor. Mas mesmo assim veja como está a situação da concessionária de sua cidade.
Distribuidoras | DEC apurado em 2011 (duração) | DEC limite para 2011 | FEC apurado em 2011 (frequência) | FEC limite para 2011 | O que descumpriu |
---|---|---|---|---|---|
CEB (DF) | 15,68 | 12,92 | 13,00 | 13,79 | DEC |
CELG (GO) | 22,27 | 18,74 | 18,51 | 18,51 | DEC |
CHESP (GO) | 15,59 | 18,68 | 39,63 | 27,15 | FEC |
CEA (AP) | 59,87 | 32,69 | 55,61 | 32,94 | DEC e FEC |
CELPA (PA) | 99,55 | 28,48 | 53,04 | 28,62 | DEC e FEC |
CELTINS (TO) | 42,17 | 37,19 | 25,57 | 29,83 | DEC |
Eletrobras (RO) | 38,48 | 32,77 | 28,90 | 32,77 | DEC |
Eletrobras (AC) | 46,23 | 46,42 | 45,25 | 40,78 | FEC |
Eletrobrás (AM) | 51,77 | 24,93 | 31,16 | 24,82 | DEC e FEC |
Eletrobrás (AL) | 25,66 | 18,72 | 16,71 | 16,14 | DEC e FEC |
Eletrobrás (PI) | 41,83 | 27,23 | 29,96 | 23,08 | DEC e FEC |
Coelba (BA) | 22,86 | 20,23 | 10,28 | 13,62 | DEC |
Energisa (SE) | 22,28 | 16,53 | 14,58 | 14,38 | DEC e FEC |
Ampla (RJ) | 19,24 | 14,51 | 9,83 | 13,57 | DEC |
Cemig (MG) | 14,32 | 12,99 | 7,00 | 9,05 | DEC |
Eletropaulo (SP) | 10,33 | 8,74 | 5,45 | 6,99 | DEC |
Light (RJ) | 16,73 | 9,68 | 7,76 | 8,15 | DEC |
AES Sul (RS) | 15,35 | 14,73 | 9,27 | 12,79 | DEC |
CEEE (RS) | 17,57 | 16,04 | 13,21 | 15,99 | DEC |
Demei (RS) | 22,66 | 14,00 | 22,49 | 15,00 | DEC e FEC |
EFLJC (SC) | 12,44 | 11,00 | 6,72 | 10,00 | DEC |
Eletrocar (RS) | 21,54 | 15,94 | 17,13 | 17,50 | DEC |
Ienergia (SC) | 10,91 | 13,00 | 14,12 | 13,00 | FE |
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