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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Jô Soares Fake Prevaricou


O caboco Roberto Gurgel, aquele que não viu nada de errado no caso do médico sanitarista consultor em economia de alto nível Toinho Palloci, agora está ele mesmo está em bocas de Matilde.
Ontem o delegado da PF Raul Alexandre Marques Souza depos na CPI do Cachoeira e enrolou até o talo o fake de Jô Soares. de quebra ainda levou à beira do cadafalso a mulher de Gurgel, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques.
O depoimento foi a "portas fechadas" mas, como alertou o Miro Teixeira, vazou prá todo lado. Raul disse que a investigação revelou o envolvimento de Demóstenes, Leréia e Sandes Júnior (eu sempre acho que tem a haver com aquela dupla de cantores) com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Como parlamentares só podem ser investigados com autorização do STF, o juiz titular da Vara da Justiça Federal da cidade goiana decidiu enviar os autos para a Procuradoria-Geral da República. O processo chegou a Brasília em 15 de setembro de 2009.
Até aí tudo bem. Seguiram o cerimonial. Mas o que ainda se soube foi que Raul relatou aos membros da CPI que, em outubro de 2009, um mês depois do envio do papelório, recebeu um telefonema da subprocuradora-geral Cláudia Marques. Ela o chamou à sede da Procuradoria prá dizer que não detectara indícios suficientes para denunciar Demóstenes e os deputados ao STF.
Neste ponto, a casa cai. Quem disse que era prá olhar pro outro lado, Gurgel ou Cláudia?
O fato é que a tal comunicação para tocar em frente ou parar as investigações feita por escrito, jamais ocorreu. Ou seja, o inquérito parou sem que o procurador-geral ou quem quer que seja tenha levado aos autos um documento que expressasse sua posição .
Apertado sabe-se lá por quem, agora em março Gurgel tomou providências contra Demóstenes, requisitando a abertura de inquérito contra ele no STF. Posteriormente, a pedido do procurador-geral, o inquérito foi desmembrado. E os deputados passaram a ser investigados em processos separados. Depois da sessão, vários congressistas passaram a considerar que o procurador-geral precisa explicar por que manteve a Operação Vegas engavetada por três anos.
Inaugurou-se um movimento que pode resultar na convocação dele e da mulher dele.
Perguntou-se a Raul se a Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro de 2012, foi uma resposta da Polícia Federal à inoperância do procurador-geral. Ele disse que não. Explicou que a segunda operação nasceu da necessidade de investigar a quadrilha noutra praça, a cidade de Goiânia. Como o alvo do inquérito era Cachoeira, as escutas telefônicas pilharam os mesmos personagens.
O delegado confirmou que na operação concluída em 2009, ficaram evidenciados os chamego da quadrilha de Cachoeira com os políticos e com a Delta Construções. Explicou que, na origem, a investigação destinava-se a apurar a suspeita de vazamentos na própria Polícia Federal.
Segundo Raul, a suspeita foi potencializada numa ação que a PF organizara para apreender máquinas de caça-níquel na cidade de Anápolis. Ao chegar no local em que os equipamentos seriam confiscados, os agentes encontraram um recinto vazio. Avisada, a turma de Cachoeira sumira com as máquinas. E isso daí apareceu em várias das ligações gravadas.
Os parlamentares que ouviram o delegado Raul ficaram com a sensação de que a explicação do procurador-geral não faz sentido. Primeiro porque ele não requisitou as tais diligências complementares. Segundo porque Gurgel precisaria ser vidente para saber que, em 2012, a PF deflagraria uma segunda operação, a Monte Carlo, que converteria o engavetamento da primeira, a Vegas, em algo esquisito.
Quando Gurgel decidiu agir, em março de 2012, Cachoeira já havia se convertido em escândalo nacional. O engavetamento de 2009 também já havia escalado o noticiário. De resto, o procurador-geral incluiu na petição que remeteu ao STF duas dezenas de diálogos telefônicos captados na primeira operação, classificada pela Procuradoria como insubsistente três anos antes.
Pois bem. Como efeito colateral gravíssimo, Gurgel está com a bunda na janela e os petralhas agora vão fazer o que querem, enfraquecê-lo às vésperas do julgamento do processo do mensalão. O que não deixa de ser verdadeiro.
Pelo visto, a gang do Cachoeira é fichinha perto da tchurma da estrelinha vermelha.

Um comentário:

Nair Pessoa disse...

Cacique. O Brasil já se tornou pequeno para tanta lama! É muita safadeza!!! Dá nojo!