Cordelando 63: Brasil Fofinho

Essa semana foi boa,

Pro oficio do cordel.

Material não faltou,

O que faltou foi papel.

Vou tentar contar ligeiro,

Mas sei que algum vai faltar.

Pois coisa errada não para,

Nem diminui no lugar.

Primeiro veja o bebe,

Aí em cima a resmungar.

Ficou bem indidnado,

Por tentarem lhe enganar.

Quando lançaram o programa,

Outra grande enganação.

Dizendo que vão salvar,

Nossos pequenos irmãos.

Dizem que não vão deixar,

Creche por aqui faltar.

Quando o pequeno crescer,

A escola irá ganhar.

Mas não se engane você,

Com essa conversa bem vil.

Muito menos os irmãos,

Do nordeste do Brasil.

  

Creche e escola prometeram,

Pros pequenos da nação.

Mas o que vai sair mesmo,

É somente o cartão.

Um reforço de dinheiro,

Pro que a inflação já comeu.

Do tal do bolsa-família,

Que tanto voto rendeu.

Curioso mesmo é o fato,

De ser coisa dirigida.

Somente norte e nordeste,

Lugar onde tem guarida.

Esse povo enrolão,

Safado e enganador.

Que só ganha eleição,

Comprando o pobre eleitor.

O remédio prometido,

Na casinha do doutor.

Nem de asma ou outra coisa,

Ora faça-me o favor.

E mais uma enrolada,

Todo canto do Brasil.

Quando muito tem é vick,

Melhoral ou Reparil.

Creche que é bom, nem pensar,

Obra nunca que saiu.

Prometeram uma porrada.

E ficou longe de mil.

Recentemente avisaram.

Que já iam inaugurar,

Pouco mais de meia dúzia,

Nem chegaram a pintar.

Mas no grande falatório,

Do lançamento Gigante.

GovernANTA prometeu.

Que de agora por diante.

Filho de Trabalhador,

Faxineira, ou porteiro.

Vai virar Otoridade,

Por esse país inteiro.

Chorou e correu a lágrima,

Que não vai aceitar não.

País de rico e de pobre,

Brasil dividido não.

Esqueceu de combinar,

Com a turma de prefeito,

Levou uma vaia da poha,

O mico não teve jeito.