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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cordelando 7 - Só Não Chame de Casinha

Na semana passada, em mais uma ação midiática, a governanta foi ao interior da Bahia prá inaugurar uns prédio do Minha Casa, Minha Vida. Os caixotinhos ai de cima. Tão precariamente construídos que os moradores receberam instrução para não fazerem quaisquer reformas sob rico de danos de estabilidade da construção. Motivo: para fazerem bem baratinho e serem um pouco que mais uma mão de tinta sobre tijolos, foram usados blocos pré-moldados estruturais. Portanto, uma paredinha mexida pode p[or abaixo o prédio todo.


No meio da "festa" um reporter fez uma pergunta sobre se "essas casinhas" não são pequenas demais não? Pronto. A muié pegou santo, destratou o pobre coitado e armou o maior barraco. Foi mais ou menos assim...




Sexta feira que passou,
Lá pras banda da Bahia.
Dona deelma inaugurou,
Umas coisa que queria.
Como sempre teve banda,
Discurso e animação.
Tudo muito produzido,
Pra ver na televisão.

De repente eis que surge,
Um repórter intrometido.
Faz uma pergunta errada,
Se fazendo de sabido.
Questionou se podia,
Uma pequena família,
Caber parte ou inteirinha,
Sem nem tirar a mobília.
Dentro daquelas parede,
Que parece tão fraquinha.

A mulé pegou um santo,
E virou-se num capeta.
Num chamou ele de santo,
E largou-lhe a espoleta.
Falô que antigamente
Desde a revolução.
Ninguém fazia mais casa,
Que atendesse o povão.
E as pessoa num tinha,
Onde dizer seu quinhão.

Continuando a bronca,
Disse ainda a infeliz.
Nove dedo já falava,
Que nunca neçepaíz,
Derna de Tomé de Souza,
O povo foi tão feliz.

Esse gunverno já fez,
Toda e qualquer presepada,
Tudo bem no pauer poite,
Uma beleza danada.
E registrou no cartório,
Essa mentira arretada.

O povão ficou foi brabo,
E danou-se a vaiar.
Tudo que ela dizia,
Apupo se ouvia lá.
Veio o tal do JaquesWague,
Que tem nome de Otomovi,
Dizendo que a mundiça,
Calasse pois num comove.

No meio do cunversê,
Disse o governador.
Que o tal do manifesto,
Prá que pudesse ser feito.
Ou agradava a dentuça,
Ou então não tinha jeito.

Vou dizer prá todo mundo,
Se o esprito num me engana.
Se não gosta das morada,
Que compõe esse pograma.
O que interessa ao poeta,
Que compôs essa trovinha.
Fale tudo que quiser,
Só não chame de casinha.








4 comentários:

Anônimo disse...

"Veio o tal do JaquesWague,
Que tem nome de Otomovi,
Dizendo que a mundiça,
Calasse pois num comove." hahahaha.. só vc mesmo cacique.. a criatividade em pessoa, mas inspiração é o q não falta vindo desse (des) governo né.. rsss Aqui a prefeitinha querida tn inaugurou parte de "seu programa habitacional", mas não chamarei de casinha.. rsss seria elogiar demais.

Bruna disse...

Amei, amei, amei!!
Esse foi o cordel do engenheiro, né?? Vingança digna... kkkkkkkk
Você está se superando a cada semana, cacique e eu, me enchendo de orgulho, logo vou explodir, rs..
Esse foi o meu preferido!!
Bjos

Sonia disse...

O comentãrio que escrevi com tanto carinho e nem lembro mais das palavras, snif snif... agora que fui ver, saiu com o login da minha filha... buááááá!!
Mas é meu!! Viu?
Pôxa, logo nesse cordel... eu amei esse!
Bjos!

opcao_zili disse...

Amei esse cordel. Não sabia das vais porque ando muito ocupada e a tv não mostra. A-d-o-r-e-i. O cordel é o máximo. Parabéns