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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Por Essa e Outras Que Vão Quebrar a Petrobras

Com Informações de O Globo
Ontem estava circulando na grande rede a informação que a Petrobras perdeu US$ 47 bilhões em valor de mercado pela queda de suas ações no mercado. Até já havia postado AQUI que isso era inevitável e que aconteceria com outras empresas, iniciando pela BR e pela VALE, face às ações de ingerência mais recentes da corja sobre elas. O fenômeno chama-se Governança.
Mas essas coisas não passam pelas cabeças insanas do (des)governo que continuam usando o caixa da empresa como se fosse parte do cofre da união, prejudicando os acionistas, sejam os grandes investidores e sócios administradores, incluindo a própria União, como também investidores minoritários e aplicadores de FGTS.
Achando pouco fazer a empresa pagar custos absurdos de projetos sociais absolutamente eleitoreiros, financiamentos de filmes e espetáculos de apaninguados de Ana de Amsterdã, sociedade em usinas termelétricas inviáveis, aquisição de imobilizados como plataformas e navios com preços de 30 a 50% acima do que se poderia comprar em concorrências internacionais e outros desperdícios, a meta agora é obrigar a combalida BR a incentivar a produção do álcool combustível e impedir disparadas dos preços na entressafra da cana a partir de 2012. Alguma coisa já antecipei por AQUI.
Através do Canis Lupus dos cabelos negros como as asas da graúna, o(des)governo quer pretende fazer a BR elevar sua participação no mercado produtor de etanol dos atuais 5% para 12%; obrigando-a a construir novas usinas. O projeto inclui também financiamentos generosos do BNDES aos usineiros para ampliação dos canaviais e o aumento da capacidade de estocagem deles e da própria BR, aumentando o pulmão dos estoques. A gloriosa Petrobras está sendo usada por sua capacidade de obter empréstimos, mobilizar recursos e influenciar o mercado, assim como fez em abril quando teve que forçar uma queda dos preços da gasolina e do álcool nas bombas, sendo obrigada pelo Palácio do Planalto, a reduzir sua tabela de venda no atacado em cerca de 7%.
A decisão de aumentar a presença da Petrobras no setor foi tomada na segunda feira (20/06) em uma reunião entre dona deelma, Margarina, Lobão e representantes do Ministério da Agricultura. Como tempo é fundamental, ficou determinado que a Petrobras aumentará sua participação no mercado de etanol preferencialmente construindo novas usinas, o que não é nada barato nem de interesse do povo e dos acionistas.
Também se deverá agir na redução da produção de açúcar, que teve enorme elevação de preços internacionais. Numa manobra ditatorial sobre um mercado livre, quem continuar priorizando o açúcar em detrimento do álcool deverá ser penalizado. Não haverá financiamentos de bancos públicos para estas empresas, que poderão ter que pagar taxas adicionais de exportação. Uma das ideias em análise é taxar as exportações depois de um certo limite que deverá ser abastecido no mercado interno. O tributo adicional pode incidir sobre as vendas totais de açúcar ao exterior, mas também pode ser restrito às exportações do chamado açúcar bruto. Assim, a produção do açúcar refinado, que é processado e tem maior valor agregado, seria poupada. Em 2010, o país vendeu ao mercado internacional US$ 9,30 bilhões em açúcar em bruto e US$ 3,45 bilhões do refinado.
Atualmente, só há imposto de exportação sobre os setores de couros (9%) e materiais relacionados a cigarros (150%). O motivo é, respectivamente, estimular a venda de sapatos e não couros ao exterior e evitar o contrabando de cigarros.
Faz parte do pacote manobras a mistura do álcool anidro à gasolina como arma para compensar a safra menor deste ano e para forçar a queda dos preços do etanol, caso voltem a pressionar a inflação. Estuda-se reduzir a mistura (hoje em 25%) ainda no segundo semestre deste 2011.
Os técnicos do setor sucroalcooleiro reclamam não apenas da redução da mistura, mas da estratégia do governo de mexer no percentual de forma imprevisível e, normalmente, por um tempo curto, o que dificulta a formação de estoques.

É função de governo interferir no mercado para evitar desabastecimento e especulação, preservando os interesses da população. Mas interferir politicamente neste mercado e manobrar com insumos, principalmente com tantos indícios de favorecimentos é crime de lesa pátria.

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