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terça-feira, 21 de junho de 2011

Até Chegar na Copa 2014, Vai Um Troquinho Aí?

Acho que os petralhas arranjaram uma sarna das boas prá se coçar. O cidadão aqui em cima é il signore Ignazio La Russa, Ministro da Defesa da Itália, aparentemente uma criatura que não é de muito boas simpatias. A maior parte das fotos que vi dele lá no Gugol eram desse naipe aí. Trobudaço.

Pois na balada dos cancelamentos de convênios de geminação de cidades entre Brasil e Itália, o Ignazio de lá se declarou muito xuxo com o Inácio daqui por causa do acoitamento de Cesare Battisti, e está analisando, entre outras coisas, a participação dos oficiais de suas forças armadas nos Jogos Mundiais Militares, que vão ocorrer no Rio de Janeiro entre 16 e 24 de julho próximos.
Prá deixar barato, o ministro definiu a libertação de Battisti como "inaceitável e inconcebível" e que por conta disso vai exercer as atribuições de seu cargo posto que a decisão de autorizar os militares italianos a participarem da competição "depende só dele, e que ele analisará a situação com coerência".
Como já estão em curso as providências do governo italiano para levar o caso ao Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, o noço EX-líder já deve ir se ajeitando na cadeirinha, pois o ministro das relações exteriores da Itália, Franco Frattini, disse que "até 25 de junho, será apresentada a demanda ao Comitê de Conciliação com o Brasil, o que representa uma prévia ao recurso no Tribunal Internacional de Haia".
Tem também o vice-ministro de Infraestrutura e Transporte da Itália, Roberto Castelli, que afirmou hoje que não vai assinar um acordo no setor de transporte aéreo com o Brasil: "O Brasil não terá nunca a minha assinatura", disse Castelli, ao participar de uma reunião do Conselho de Ministros de Transportes da UE (União Europeia). Segundo ele, o gesto "é um pequeno, mas significativo, exemplo de protesto contra um país que demonstrou não ter nenhum respeito pela Itália".
Castelli explicou que já conversou com o ministro da pasta, Altero Matteoli, e com o chanceler italiano, Franco Frattini, sobre sua decisão. "Eles entenderam as minhas razões", contou.
Agora, cabe ao governo italiano e ao Ministério das Relações Exteriores decidir sobre a validação do acordo aéreo.
A repercussão do caso Battisti atingiu até alguns atletas brasileiros que estavam na Itália para o Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, que ao final ganhamos nas versões masculina e feminina. Dois de nossos jogadores foram recebidos com protestos antes de uma partida, quando laranjas foram atiradas sobre a quadra, sem que houvesse nenhuma intenção de atingir os atletas; apenas marcar o protesto.

Claro que essa vergonha foi transmitida para o mundo inteiro.
E as pessoas de bem desse querido Brasil passando por esse vexame que o nove dedos nos faz passar.

Mas gostaria de lembrar ao governo italiano que tem uma certa mudinha com uns certos filhotes empresários de sucesso que são possuidores de cidadania italiana e que poderiam tê-las canceladas a bem da moralidade, sem que nenhum brasileiro se zangasse com isso.
Vaffanculo

Um comentário:

Pfuime disse...

A imagem do Brasil ficou arranhada para sempre com esta atitude do nove dedos.
A pergunta é: recuperaremos a nossa imagem algum dia?
Sem pretender comparar a gravidade das situações, os alemães até hoje são olhados com desconfiança por causa do nazismo.
Mesmo que tenha havido um movimento de resistência ao nazismo dentro do próprio país, a maioria devidamente silenciada pelo regime.
Abçs