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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Só tem Besta...

Pouco se percebeu mas o Ex-Presidente da CBD, CBF e FIFA , João Havelange deu uma entrevista ao jornal o Globo na sexta feira 08/04, mostrando "enorme preocupação" com a situação financeira dos clubes, em especial do seu Fluminense, do qual era nadador quando participou dos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e que atualmente é o maior devedor do país. Mesmo sabendo de todas as patifarias dos dirigentes dos clubes de futebol, que fazem e acontecem, pintam e bordam com os caixas das equipes, e a conhecida incapacidade de sanear as instituições, o bobinho agora saiu com uma pérola capaz de fazer tremer as fundações do Maracanã: teve o cidadão a cara de pau de fazer um pedido ousado às três esferas de governo em nome do que considera ser a salvação do futebol brasileiro; um apelo aos governos federal, estadual e municipal: que zerem as dívidas com base no fato de que o esporte tranquiliza e é importante na educação das gerações.

Disse a peça rara que "Quem está na presidência dos clubes não tem condições para isso (acabar com as dívidas), nem patrocinadores que arquem com elas. Deve-se pedir ao governo para relevar e exercer taxação zero, não cobrar mais imposto disso ou daquilo. É muito triste, não só pelas dívidas fiscais. As dívidas trabalhistas são imensas, não deveriam existir "

No último estudo sobre o endividamento dos clubes brasileiros, divulgado em maio do ano passado, referente a 2009, feito pela consultoria BDO/RCS com base em dados financeiros e patrimoniais fornecidos pelas entidades, o total de débitos, entre dívidas fiscais e trabalhistas, foi de R$ 3,1 bilhões. Fluminense, Vasco, Botafogo e Flamengo, nesta ordem, encabeçavam a lista, seguidos por Atlético MG e Santos.

Mas sabemos que o Governo Federal trata os clubes de futebol com especial atenção há algum tempo. Em 10 de abril de 2000, portanto há quase 11 anos, a lei 9964 instituiu a criação do REFIS, programa destinado a facilitar a regularização de créditos de pessoas jurídicas - como clubes de futebol - com a União. O REFIS impunha condições para a adesão e o parcelamento dos débitos.

Em 2003, por exemplo, o Flamengo, que nos últimos anos tem conseguido reduzir sua dívida, em especial a trabalhista, foi excluído do REFIS 2, uma segunda versão do programa.

Em 2007, mais uma proposta de socorro foi criada. Pela polêmica Timemania, uma loteria da CEF que passou a vigorar em fevereiro de 2008, os clubes teriam direito a 22% da arrecadação em troca da cessão do uso da imagem. O percentual arrecadado, obrigatoriamente, seria usado para quitar dívidas fiscais com o governo num prazo de até 240 meses. A expectativa de arrecadação, porém, sempre foi superior à realidade.

Em 2009, os clubes apresentaram os valores referentes às suas dívidas com o Governo Federal. Os dados mostraram, por exemplo, que o Internacional devia R$ 114,4 milhões à União, o que correspondia a 78% de sua dívida total.

É impressionante como tudo que é Mané se acha no direito de tratar os cofres públcos como terra de ninguém. É bom ficarmos de olho, pois essa picaretagem pode ter adeptos como nossos queridos parlamentares que adoram jogar prás torcidas.

2 comentários:

Regina Brasilia disse...

Ei, Cacique, está mais que certo... só tem besta! Um monte de bestas que seguem pagando impostos altos em tudo quanto é coisa...É besta pra todo lado!

O Mascate disse...

Grande Chefe dos Silvícolas.
Os clubes de futebol estão quebrados ou devendo até as calças para o governo por conta da babaquice idiota de um povinho otário que aceita que se pague por exemplo 500 mil de salários para um moleque semi alfabetizado como o Neymar.
Os clubes para fdazer graça para os torcedores arrebentam o caixa pagando salários extorsivos para cabeças de bagre e quem fica na mão como sempre, é o governo, que para compensar a quebradeira inventa loterias ou aumenta os impostos dos otários contribuíntes.
Nada é sério no Brasil experimenta manter sua empresa sem pagar os impostos para ver o que acontece. O clubes estão aí enfiando o circo no povão otário e o desgoverno se fazendo de morto