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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A República e a Federação Que se Explodam

Ouve-se e lê-se na imprensa os conchavos e acertos espúrios entre os partidos da base alugada do governo, a exemplo do que aconteceu na administração que finda, para a divisão do bolo administrativo de ministérios, estatais e demais cargos de diversos escalões.

Chega-se até a se verificar declarações de indignações das mais variadas sobre quem manda (ou mandará?) dentro das próprias fileiras aliadas. Blocos, blocões e bloquinhos de enfrentamento pipocam a cada instante.

Sempre houveram? Claro, mas nunca num descaramento e "serrergonhice" tão escancarados.

Verdadeiros loteamentos de conjuntos, anúncios de novas capitanias hereditárias, feudos e propriedades privativas são declaradas por autoridades que deveriam zelar pela integridade da República e da Federação.

Por que? Para trabalhar pela melhoria das condições de vida no país? Para oferecer o melhor de suas aptidões pessoais e conhecimentos técnicos pelo crescimento do país? Pelo prazer de servir ao público no serviço público? Não. Apenas para se colocar em posições mais e mais estratégicas para suas roubalheiras e fraudes.

Entre os indicados surgem nomes notáveis, de notório saber ou de ilibada reputação? Nem nunca. Só processados, indiciados e até mesmo condenados. Mas "nada que se tenha sido julgado" como prevê a lei.

Quem deveria ter o poder de mando e bater o martelo está tão comprometido que tem que se submeter a pressões, ameaças e chantagens.

Antes toda essa esculhambação era limitada ao poder rexecutivo. Agora, as negociatas se estendem ao Congresso Nacional em ambas as casas e até ao Poder Judiciário, onde se torna de fundamental importância se dispor de magistrados "de confiança" na hora que eventuais processos venha a ser julgados.

Os extraordinários valores que serão carreados à escória administrativa têm muitos zeros antes da vírgula e dariam com muitas sobras para acabar com as mazelas que se constata na saúde, segurança e educação públicas, para ficar no mínimo, sem contar as tremendas necessidades de investimentos em infraestrutura como portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, transporte público e por ai vai.

Quantas gerações serão necessárias para ver isso mais perto de uma solução? Impossível dizer. Até porque novas ferações de filhos, netos, sobrinhos, primos e outros agregados dos que aí estão surgem a cada "renovação" eleitoral, sabedores que são que nada lhe será imputado.

O que doi é saber que aos mortais eleitores, caberá pagar a conta de tamanha roubalheira anunciada.

Basta ver que a progressão da tabela de imposto de renda de 2011 apresentará a retirada de reajuste pela inflação, o que aumentará a base tributável em até 800% (escrevendo para não ter dúvida: Oitocentos Porcento). Veja mais detalhes no link a seguir. http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/11/17/leao-mais-faminto-em-2011-341392.asp

Mas isto são outros quinhentos cruzeiros...

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