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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Minha Casa Barbuda, Minha Vida


TEXTÃO... MAS MERECE

O Estadão publicou ontem uma extensa matéria sobre "imóveis do 9 dedos". Demonstra com enorme clareza que a necessidade dele ficar se explicando sobre suas moradias não é nova e nem se limita ao triplex do Guarujá ou a sítio de Atibaia. Nem tampouco se restringe a explicar à imprensa, aos poderes constituídos, aos coxinhas golpistas ou aos zeladores, caseiros e vigias. 
Começou no longínquo novembro de 1997 quando uma comissão de ética do próprio PT (ainda existia isso), num processo interno conhecido como "caso CPEM", investigava uma denúncia do economista e então dirigente petista Paulo de Tarso Venceslau, contra a empresa de consultoria CPEM - Consultoria Para Empresas e Municípios.
O "causo" se resume à denúncia de que o advogado Roberto Teixeira, compadre de loola, então presidente de honra do PT (leia-se, sem fazer poha nenhuma e sustentado pelo partido), propunha à prefeituras do PT, que contratassem a CPEM, sem licitação, para prestar assessoria no setor de arrecadação de impostos. 
Sem licitação já leva a ter certeza que ali o PT já iniciava sua profissão de roubalheira sem limites. Pois então... Em contrapartida, a consultora ia transferir dinheiro para as campanhas do partido. 
Pois no meio da fuzarca, Venceslau, que já devia ter siso excluído da boquinha, aproveitou e levantou a lebre de que o 9 dedos "morava de graça", durante oito anos, em imóvel de quem?...... De Teixeira. 
No meio da investigação, devidamente abafada, não se deixou de registar frase lapidares do auto-acidentado: "Não tem mais sentido eu voltar para aquela casinha"”, disse loola à comissão de ética, no dia 14 de novembro de 1997.
A tal "casinha" era o único imóvel desde primeira declaração de bens à Justiça Eleitoral, que o "brabo de platéia selecta" fez em 1982. 
Ficava no Jardim Lavínia, em São Bernardo do Campo, e era financiada pela Caixa Econômica Federal, segundo ele próprio declarou ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo no dia 11 de agosto daquele ano. 
Na eleição para deputado federal constituinte em 1986, loola declarou ao TRE-SP ainda o imóvel financiado do Jardim Lavínia, repetindo em 1989, no terceiro ano como deputado federal e candidato à presidência da República, o mesmo e único imóvel.
Preparando-se para a tal "Caravana Democrática" pelo Brasil, que acabou levando ele à presidência, o farsante precisava de uma casa maior e mais confortável, cedida com toda a profunda amizade pelo advogado e compadre Roberto Teixeira, que nunca cobrou aluguel. 
Além disso, cansado de tanta rodagem num buzão país afora, loola e sua família também usufruíam, como convidados, de um sítio de Teixeira em Monte Alegre do Sul, a 140 quilômetros de São Paulo.
Já na segunda candidatura à presidência 1994, o bufão já agregava outros bens à declaração: além da casa do Jardim Lavínia, da qual já se mudara e da qual não se tem mais noticia, ja tinha uma cota-parte de um terreno de sua mulher, Marisa, em São Bernardo do Campo, e um outro terreno no Riacho Grande, subdistrito do mesmo município, onde fez o seu primeiro e muito módico sítio de lazer; "Los Fubangos".
Para evitar constrangimento ao compadre, numa comissão especial de ética, Teixeirão sugeriu que ele adquirisse o apartamento em que mora até hoje, em São Bernardo do Campo. "Vendi o Ômega por 40 paus, um terreno que era da Marisa por 73 paus, e comprei o apartamento”, contou à comissão de ética. Pronto.... Acabou a história.... O resto é estória...
O apartamento 122, no edifício Green Hill, em São Bernardo, aparece na declaração de bens de 1998 (terceira candidatura de Lula à Presidência da República), junto da "casinha" do Jardim Lavínia e do sítio Los Fubangos. Não consta, desta declaração, aquela cota-parte do terreno de Marisa que ele citou no depoimento à comissão de ética. 
Na quarta candidatura, aquela que derrotou Alckmin, loola já apresentou quatro imóveis: o apartamento do Green Hill, o terreno do Riacho Grande, e, substituindo a "casinha", que deixou de aparecer, dois apartamentos no edifício Kentucky, em São Bernardo do Campo. 
Na declaração de 2006, ano da reeleição, repetiu as posses de 2002, e acrescentou uma "participação cooperativa habitacional, num apartamento em construção no Guarujá/SP, R$ 47.695,38 já pagos", esta foi convertida no triplex no Edifício Solaris.
Sobre o Sítio de Atibaia, NADA... Ainda...

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