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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Cordelando 131: Não Acendam o Fogo. Não Tem Mais Extintor


A semana que passou,
Eu não fiz o meu cordel.
Tava bem puto da vida,
Com esse país carrossel.
Canalhada só girando,
De uma puliça pra outra.
Alguns lá preso ficando.
Outros só lambendo a boca.

Mas tema é que não me falta,
País da piada pronta.
Onde só tem lei escrota,
É tanta que nem se conta.
Inventaram um extintor,
Que apagava até vulcão.
Todo corre e compra,
Pois não precisa mais não.

E la na suprema corte,
Um barraco federal.
Gilmar Mendes anuncia,
Que o puteiro é geral.
OAB mancomunada,
Com o ministro da casa.
Rejeitou que a empresa,
Financie a cova rasa.

Não pode ter mais dinheiro,
De empresa na campanha.
Se for mesmo pra valer,
Só o bom mesmo que ganha.
O problema é a graninha,
Que só aparece depois.
Escondida nas cuecas,
Transformada em caixa dois.

Uma coisa curiosa,
Que eu vinha me perguntando.
Em tempos de Lava a Jato,
E 9 dedos avuando.
Nos aviões de carreira,
Ninguém nunca deu notícia.
E se não for dos amigos,
Só pode ser da puliça.

Perguntei por toda rede,
Por um dia inteirinho.
Se alguém tinha notícia,
De algum novo burburinho.
Pois então O Antagonista,
Pessoal bem informado.
Descobriu que é do Walfrido,
O jatinho emprestado.

Continuo nesse tema,
Do transporte em avião.
Pra ir lá no Piauí,
Fazer inauguração.
A mulher que não tem mais,
De onde cortar mais nada.
Levou 6 aeronaves,
Só pra entregar uma casa.

Enquanto na Petrobras,
O presidente anuncia.
Uma reforma da poha,
Como há tempo não se via.
Pois não é que o conselheiro,
Nomeado pela VALE.
Pediu pra sair ligeiro,
E não tem mais quem lhe cale.

Disse que nunca na vida,
Via tanta mordomia.
Numa empresa privada,
Que disputa primazia.
Cartão pra toda despesa,
Sem limite ou restrição.
Sem que a ninguém desse conta.,
Nenhum botasse o olhão.

Premiado que ele foi,
Na sua mineradora.
Coisa internacional.
De gente trabalhadora.
Disse aqui é que eu não fico,
Tenho um nome a zelar.
Por causa dessa putaria,
Eu que não vou me queimar.

E o pacote de maldade,
Lançado pela dentuça.
Tem lá tanta enganação,
Que nos esfrega na fuça.
Cortando o que não existe,
Dá só vinte e seis bilhões.
Mas quer CPMF,
Pra ferrar com multidões.

O buxixo foi enorme,
Rodou o país inteiro.
Seja pobre ou seja rico,
Incomodou o puteiro.
Levy com cara de tonto,
Ao lado de seu Barbosa,
Dizendo suas besteiras,
Pouco verso e muita prosa.

Viram que merda foi grande,
Que já não ia colar.
Chamaram governadores,
E pediram pra ajudar.
Prometeram um trocadinho,
Para a turma ficar quieta.
Se conseguirem um votinho,
Ela vai dobrar a meta.

Enquanto isso na surdina,
Vão cortando o social.
Bem quietinho, ninguém escuta,
Que é pra não ficarem mal.
Já tinham cortado estudo,
Do ensino sem fronteira,
Do Fies cortaram a bolsa,
E esconderam a besteira.

Mais na moita e camuflado,
Como faz o carniceiro.
Começou o recadastro,
Maior de todo vespeiro.
Pra quem tem moto na casa,
Na sala televisão.
Cortaram bolsa família,
Isso vai dar confusão.

Enquanto isso em Brasília,
Um Bicudo não tucano.
Entregou com protocolo,
Que pra não passar engano.
Pediu o impedimento,
Da dentuça soberana.
Por causa das falcatruas,
Que fez semana a semana.

Cunha disse que aceita,
Espero não ser só miragem.
Se fazendo de bonzinho,
Pra depois fazer chantagem.
Se correr tudo direito,
Com um pouquinho mais de tempo.
A dentuça pega o beco,
E acaba nosso tormento.

Fico feliz de voltar,
A postar o meu versejo.
Sabendo que ainda tem gente,
Que gosta do que eu escrevo.
Mote sempre há existir,
Até o país se livrar.
Desse povo comunista,
Que nós vamos expulsar.

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