O título deste post e uma adaptação da famosa frase de entrega do Oscar ocorrida ontem: E o Oscar vai para.... e abre-se o envelope. Mas no nosso caso, o triller está mais para um filme de terror.
A governANTA no final do ano anunciou festivamente numa rede nacional de rádio e Tv que haveria desconto de 20% nas cotas de energia dos brasileiros e brasileiras, já fincando o pé na campanha por sua reeleição. Em compensação, as concessionárias que aderissem (quase que compulsoriamente) ao plano, teriam asseguradas as renovações de suas concessões, sem ter que participar de novos leilões pelo poder concedente, leia-se ANEEL.
Alguns chiaram e pularam fora, mesmo sabendo que terão que disputar de novo o direito de operar suas usinas, linhas e subestações por entenderem que não é possível se ter almoço de graça. Os acólitos e incompetentes aderiram mas apresentaram a conta de alguns bilhões ao (des)governo.
Corre-corre geral, algum iluminado pos no colo da dentuça a verdadeira versão da gracinha. Phodel.. Não dá prá aguentar a caridade com os caixas das empresas. Deu-se o caso: O setor elétrico não consegue tocar o samba sem que se conceda o que? AUMENTO NAS TARIFAS.
Entrando em vigor em fevereiro a obrigatoriedade de redução das contas, passado o som agradável dos fogos de artifício e apagados os sinalizadores mortais, a queda brutal no faturamento levou as distribuidoras de energia elétrica a pedir em Brasília autorização para ajustar suas tarifas `vida real que tinha sido ignorada. Claro que o governo disse NÃO e a corda começou a esticar, ou seja, começou a busca de uma forma de cobrir o rombo bilionário das empresas.
Prá complicar mais o caso Hitchcockiano, a natureza deu um empurrãozinho e não permitiu ue as poucas chuvas levassem à recuperação dos reservatório da hidrelétricas. Mesmo já iniciado o período das chuvas, ainda é pouco e os reservatórios ainda estão depleciados e iniciam o ciclo elétrico abaixo do nível razoável para permitir uma operação establizada.
Para evitar apagão e racionamento, o Operador Nacional do Sistema ONS teve que por prá rodar TODAS as usinas témicas, sejam econômicas e ecológicas ou não. Vai tudo carregar até a boca, senão se-lascaremo-nos todos.
Um pequeno detalhe surge no enredo do filme: além de ser poluição, a energia térmica é mais cara. Numa equação que só tem soma, os custos das distribuidoras se elevaram.
No texto da legislação atual, como terão que comprar energia mais cara, as empresas podem repassar essa elevação de custos aos seus clientes, bastando apenas uma autorização da ANEEL, operação que se dá uma vez a cada ano, na época de repactuadas tarifas. Claro que existindo fatos supervenientes, extraordinários, absurdos e outros títulos do gênero, que venham a ameaçar a saúde financeira das empresas, podem haver revisões extraordinárias. É o que várias delas resolveram fazer agora.
Segurando no pincel, as otoridades do setor elétrico negam-se a autorizar os reajustes, por duas razões: a elevação de tarifas derrubaria a farsa do desconto trombeteado por dona deelma e os reajustes inflariam ainda mais os índices da galopante inflação.
Mas alguma coisa tem que ser feita para fachar o buraco nas contas das empresas. Aí entra a frase do Oscar: e a conta vai para...o Tesouro Nacional. Sim, exatamente. O saco sem fundo que abriga mal e porcamente os escorxantes impostos que pagamos. Aquele que é sempre assaltado quando os canalhas fazem as suas merdas eleitoreiras.
A alternativa mais em moda que encontraram é a injeção de mais ou menos 25 bilhões de Reais de dinheiro do contribuinte nas empresas. Detalhe: não tem nada a haver com os mais de R$ 8 bilhões que o governo terá que gastar para garantir a promessa da governANTA. Será outro pacote de dinheiro.
Como convém aos canalhas, isso tudo corre em segredo de estado. Primeiro o povão não toma conhecimento do tamanho do rombo. Num primeiro momento seriam apenas aqueles 25 BI citados aí em cima, mas especialistas em tarifação dizem que o vermelho no balanço das distribuidoras deve beirar os R$ 10 bilhões já em março e, mantida a operação das térmicas por um tempo mais longo que o estimado, a cifra dobraria até julho.
Num segundo e mais importante momento, esconderiam a transferência do preju para o Tesouro, como fizeram em inúmeras operações contábil, política e econômicamente realizadas nos tempos bicudos que vivemos.
Ainda mais...Como, em seu discurso, deelma sugeriu que a população poderia consumir mais energia já que baixou a conta, comprando mais eletrodomésticos visando incentivar o pífio crescimento da economia, dá-se uma posição antagônica: incentiva o consumo quando deveria estar recomendando que se racionalize o gasto de energia.
Se dona deelma não fizer chover, (e eu não vou ensinar a dança da chuva prá ela), as continhas do "papel da luz" subirão...E esperar prá ver.
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