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sábado, 5 de janeiro de 2013

Mais Uma Química Financeira

 
Ano passado, para capitalizar a Petrobras, com suas finanças combalidas pela péssima administração do José Sérgio Gabrielli e os sucessivos saques para financiar filmecos, peças teatrais de quinta categoria, festas juninas e outros penduricalhos; o tesouro nacional transferiu para o BNDES recursos de impostos para adquirir ações da empresa que tinham micado no mercado internacional e não tinham sido transformadas em caixa, emperrando o plano de investimento da empresa.
Uma coisa criminosa, posto que usaram a empresa para fins espúrios e depois inventaram manobras tenebrosas que assustaram possíveis investidores internacionais.
Pois mais uma vez, para cobrir cagadas, o (des)governo federal usou uma manobra serrergonha para aumentar seu caixa e simular o pagamento dos juros da dívida, conhecido nas bocadas como superavit fiscal correspondente a 2012.
Usaram desta vez, os recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB), uma espécie de poupança que inventaram em 2008 com recursos teoricamente para investir em projetos estratégicos. A jogada foi tramada através de portarias publicadas parcelada, escamoteadamente e sem anúncio no Diário Oficial até com datas retroativas e permite ao governo dispor de cerca de R$ 19 bilhões.
O BNDES usou cerca de R$ 15 bilhões de saldo do fundo, sendo R$ 9 bilhões que dispunha estavam naquelas ações da Petrobras. Um detalhe: o valor das ações é estimado pois se a venda fosse através da Bolsa, derrubaria o preço das ações, prejudicando mais uma vez a empresa.
Para completar os R$ 12 bilhões, serão usados outros R$ 3 bilhões que já estavam em títulos no FSB.
Além disso, o fundo tem mais R$ 3 bilhões em ações do Banco do Brasil.
O Tesouro não detalhou oficialmente como será feita a transferência de recursos.
Além dessa pequena maracutaia, o governo vai usar o pagamento antecipado de dividendos pela Caixa Econômica Federal e pelo BNDES ao Tesouro Nacional.
Sem esquecer que tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil, são os principais instrumentos da equipe econômica para tentar forçar as instituições privadas a conceder mais crédito a um custo menor, colocando estas instituições na alça de mira para a quebradeira junto com a própria Petrobras.
Ao lado do BB, a Caixa lidera a ofensiva oficial, mas o crescimento muito rápido da carteira de crédito tem consumido seu patrimônio.
Só prá saber, a meta de superavit é de 3,1% do PIB, que mesmo sendo pibinho, representa R$ 139 bilhões em 2012. Em novembro, faltava ainda um valor de R$ 57,1 bilhões para que a meta fosse cumprida. Com as operações do final do ano, o governo conseguirá reduzir essa diferença, mas ainda precisará de cerca de R$ 38 bilhões para entregar a economia prometida.
Mesmo com a badalação midiática, também será necessária a redução de gastos com obras do PAC para atingir a meta.

Um comentário:

opcao_zili disse...

Mesmo querendo, muiiiiiiiiiiiiito, não dá para aguentar esse governinho de m*.