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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Surpresa: Chuvas de Verão

Mais uma vez os governantes nos três níveis de poder são "surpreendidos" pelas chuvas de verão no sul do país. De novo as enxurradas atingem as regiões serranas e dos lagos no Rio de Janeiro, causando destruições, tragédias pessoais e quilos de promessas dos governantes.
Ano após ano o efeito devastador dos rios engrossados pelas chuvas é mostrado nos telejornais seguido de declarações de secretários estaduais e municipais de defesa civil falando de ocupações de áreas de risco, barreiras na iminência de cair, rochas que ameaçam rolar, blá blá blá, etc e coisa e louza. Sem falar nos sobrevoos de graduados políticos nos aviões de rosca, chororrôs e falsas crises emotivas.
De bom surgem os atos heróicos e abnegados de voluntários, como civis corajosos, jipeiros, motociclistas trilheiros e alguns até famosos, como no caso recente de Duque de Caxias, o Zeca Pagodinho, que fez várias viagens para transporte de pessoas e víveres para as regiões atingidas.
Pacotes virtuais de milhões de Reais são anunciados imediatamente e dos que já estão com seus prazos de validade vencido de tragédias passadas, é dito que não foram efetivamente aplicados por falta de projetos.
Penso que todos tenham recebido por e-mail as fotos comparativas de partes da cidade de Fukushima atingidas pelo terremoto e tsunami, com registros do antes e depois em intervalos de tempo de 24 horas, 1 semana, 1 mês e outros; registrando a imediata e efetiva ação de recuperação das destruições por administradores públicos realmente investidos no dever de cuidar do povo.
Dinheiro não faltou. mesmo considerando as exorbitantes promessas. Foram perto de R$ 5 bilhões dos quais apenas R$ 1,8 foram efetivamente aplicados, sabe-se lá se bem ou mal. Eu aposto no segundo com uma taxa de sucesso aí duns 40%.
Para não nos limitarmos a comparar seriedade de governo, no Japão carteiras e outros bens achados nos escombros foram devolvidos nos centros de coleta e devolução. Por aqui se vê loucos nadando nas torrentes catando bens de seus vizinhos para deles se apossarem.
Coisa de cultura e educação, que por plagas tupiniquins não interessam nem têm valor.
Fica mais uma vez o registro do sofrimento de nosso povo com a irresponsabilidade dos governantes, seja nas enchentes e inundações, seja na seca que assola o nordeste há séculos e já elegeu e enriqueceu muito canalha.

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