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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Olimpíadas: Campeonato de Quem Gasta Mais?


Os ingleses com sua fleuma característica quase morrem em suicídio coletivo ao estilo Jim Jones quando souberam que os custos orçados para as olimpíadas de Londres atingiram quase R$ 30 bilhões de Reais, coisa de 25% acima do previsto. Sem contar a estimativa (porque são secretos) do custo de R$ 2 bilhões para o aparato de segurança.
Os pobres e desamparados ingleses jamais poderão imaginar a farra que será no Hell de Janeiro em 2016. No quadro aí de baixo aparecem os valores orçados há uns 5 anos atrás. Alguém de sã consciência pode acreditar que alguém tenha feito a menor conta de 1 + 1 prá colocar estes números no papel?
O programado e decantado para o Brasil realizar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016, será a realização de inúmeras obras e empreendimentos na cidade para melhorar aspectos relativos, entre outros, às instalações esportivas, à mobilidade urbana e às acomodações, seja para a realização dos jogos em sí seja para os benditos legados para usufruto da população post olimpics. E estas ações serão desenvolvidas por meio de parceria entre os governos federal, estadual e municipal; ou seja IMPOSTOS.
Na primeira pegada, o quadro mostra que já estão previstos mais de R$ 12 bilhões em investimentos. Os valores e projetos apresentados neste site foram baseados no dossiê e serão atualizados a medida em que as ações forem executadas. Por verosimilhança com os Jogos Panamericanos, esse número vai, pelo menos, para 120 bilhões, posto que a relação naquela ocasião foi de 10 vezes.
Investimentos previstos no Dossiê de Candidatura do Rio de Janeiro
Área Investimento Público
(R$ milhões)
Investimento COJO *
(R$ milhões)
Total
(R$ milhões)
%
Acomodações 2.590,49 0,00 2.590,49 20,69
Instalações Esportivas 953,29 565,07 1.518,36 12,13
Segurança 471,90 0,00 471,90 3,77
Tecnologia 405,86 71,63 477,49 3,81
Transportes 7.460,00 0,00 7.460,00 59,59
Total 11.881,54 636,70 12.518,24 100
% 94,91 5,09 100

Na parte de acomodação, o Rio de Janeiro prevê a montagem de uma combinação de vários tipos e localização dos 37.000 quartos. Contempla o atendimento aos ditos componentes da família olímpica, tais como atletas olímpicos e paraolímpicos; os parentes de atletas, técnicos e pessoal de apoio, espectadores internos e estrangeiros, efetivo de segurança, imprensa e visitantes, entre outros.
Os leitos estarão distribuídos entre cerca de 13 mil quartos de hotel, mais de 25 mil quartos nas vilas de legado (?????) e mais de 8,5 mil cabines em seis navios de cruzeiro, que estarão atracados na Zona Portuária do Rio de Janeiro.
É claro que o Rio e suas sensacionais belezas naturais será um grande palco para os atletas e o público de todo mundo, ao vivo ou pela TV. O projeto inédito contempla a disputa de todos os esportes dentro dos limites da cidade, com a existência de quatro zonas de concentração das instalações esportivas: Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã, o que aumenta a eficiência operacional, intensifica a experiência do espectador, otimiza deslocamentos e também permite imaginar que a distribuição do legado dos jogos para as comunidades locais, seja maior. Nessa parte tenho cá minhas dúvidas.
Na parte de instalações, o projeto vendido ao COI se baseia na utilização de instalações já existentes (hein?), e os nossos (des)governantes imaginaram que serão necessárias construções de apenas 26% de novas instalações permanentes, posto que disseram que a maior parte das instalações já se encontrava em operação, jurando para os deuses olímpicos que várias delas foram desenvolvidas ou seriam reformadas a partir dquelas usadas nos Jogos Pan-americanos Rio 2007.
Também envolveram na panacéia que o Maracanã e os outros quatro estádios nas cidades que sediarão o Futebol já seriam atendidos pelas reformas para a Copa de futebol em 2014. Outras nove instalações da competição serão construídas e ficarão como legado permanente dos Jogos. Como me incomoda esta expressão.
Opior de tudo foi enganar os organizadores e os brasileiros em geral, dizendo que cada uma delas baseou-se em um programa de atratividade comercial que garantiria sua sustentabilidade de longo prazo pós-jogos e contribuindo para o desenvolvimento do esporte Olímpico e Paraolímpico e para uma maior participação da comunidade.
Tinha ainda a parte de ações de sustentabilidade e benefícios reparaórios de condição de vida calcados em quatro frentes de ação: conservação da água, energia renovável, jogos neutros em carbono e gestão do lixo e responsabilidade social.
Ofereceram também estratégia de transportes desenvolvida para garantir que as pessoas que forem assistir, participar ou trabalhar nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016 tenham à sua disposição opções de transporte seguras, rápidas e confiáveis, devendo ficar esses equipamentos para o uso dos cariocas e seus visitantes.
Sem falar que ficaria garantido que, tanto os espectadores quanto as equipes que comporão a força de trabalho dos Jogos Rio 2016 teriam transporte gratuito para os eventos e locais de trabalho através da rede de transporte público. E tudo isso com previsão de conclusão de todas essas intervenções até 2015.
Os veículos seriam um sistema totalmente renovado de trens, um sistema de metrô reformado e três novos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit).
Uma série de programas de revitalização e melhoria urbana seria feitos para dar apoio ao evento e formaria uma base para o desenvolvimento sustentável de longo prazo. Seriam:
  • A Revitalização da Zona Portuária: uma profunda transformação da zona portuária em um grande bairro residencial, de entretenimento e turismo, que renovaria o elo entre o porto e o coração da cidade.
  • A instalação de novos centros residenciais e de entretenimento nas zonas Maracanã e Deodoro, como legado das instalações esportivas e das novas vilas.
  • Um importante renovação de infraestrutura na Barra, sobretudo nas instalações esportivas, de lazer e de transporte.
  • A implantação do Parque de Deodoro, a zona com o maior percentual de jovens da cidade, com uma ampla variedade de instalações esportivas e de lazer.
Isto posto, repito a pergunta: Alguém de sã consciência pode acreditar que alguém tenha feito a menor conta de 1 + 1 prá colocar estes números no papel? E acrescento: os mesmos insanos que pensaram tudo isso tiveram amenor intenção de fazer tudo dentro do orçamento?
Como veem, o susto dos ingleses não vai ser nada quado comparado com o nosso. Mas ai, não será susto, considerando o governo ávido por taxas de sucesso que nós temos.
Os 5 anéis olímpícos não serã mais entrelaçados após 2016. Serã fundidos e transformados e brincos para algumas madames privilegiadas dos larápiis que dos jogos se beneficiarão.

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