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domingo, 22 de julho de 2012

Planejamento Petralha Dá Isso


O colosso da engenharia que se vê aí em cima é um dos quatro reatores fabricados na Itália que produzirão diesel no sistema de refino da Petrobras chamado COMPERJ - Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em construção em Itaboraí, na Região Metropolitana da capital fluminense.
Pelo tamanho da linha de eixo (o veículo especial que se usa neste tipo de transporte) percebe-se a grandeza do equipamento que alia às dimensões hercúleas o peso de 1.000 toneladas.
Eu já fiz transporte pesado e de dimensões Off Road e sei a dificuldade que se tem. Daí a razão de se adotar medidas preventivas de muita engenharia associada para seu deslocamento do porto de desembarque até o local de instalação. E isso leva meses e até anos de preparação, dependendo das providências que se precisa adotar.
São análises de traçado minuciosas em que se pesquisa sobre larguras e capacidade de carga de rodovias e pontes, alturas de interferências, fluxo do trânsito, equipamentos e pessoal envolvidos e mais um zilhão de outros fatores que, como falei, requer a ação de especialistas, que, cabe dizer, existem no Brasil. 
Pois o brinquedinho aguarda há um mês no Porto do Rio uma alternativa para ser transportado até o COMPERJ, porque as rodovias do Estado não suportam seu peso. O reator chegou ao porto no dia 16 de agosto e foi descarregado no dia 18 do mesmo mês.
Segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, eles "estão há algum tempo conversando com o governo do Estado e com o INEA (órgão ambiental fluminense) para achar uma solução logística provisória para os transporte dos equipamentos".
Depois do equipamento no porto é que vão pensar em como deslocá-lo? Potaquepareo. Esta criança levou certamente uns dois anos prá ficar pronto e só agora vão imaginar um jeito de colocá-lo na sua base?
A estatal está pensando em construir um pequeno porto na região, em São Gonçalo, além de uma estrada até o COMPERJ a tempo de receber os demais reatores importados da Itália com menos atropelo. fala-se em que a construção da estrada e do novo porto levará seis meses. Mas primeiro deverá se concluir uma licitação para selecionar as construtoras dos projetos.
Na parte de engenharia de produção, o reator não tem similar nacional. Foi fabricado com tecnologia para produzir óleo com baixo teor de enxofre, seguindo as novas normas ambientais sobre qualidade de combustíveis, sendo o primeiro a se instalar no Brasil.
A primeira unidade de refino do COMPERJ tem previsão de entrada em operação no final de 2013. A segunda unidade deve ser concluída em 2015. A produção de cada uma será de 165 mil barris de derivados por dia, entre diesel, gasolina e insumos petroquímicos.
Com esta capacidade de planejamento, dá prá ver porque tudo dá errado neste país e como as coisas são feitas nas coxas.
Se a maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo se dá ao desplante de cometer erros dessa natureza, imagine os amadores e apaninguados colocados em milhares de cargos país afora apenas por serem petralhas, sindicalistas ou indicados de partidos da base alugada.

Um comentário:

Viиicius Silvα disse...

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