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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Finalmente Cai o Pano 3


Escrevi AQUI sobre o sempre forjado espetáculo do crescimento que vem se propagando neçepaíz desde os tempos idos do 9 dedos. Por lá tratei da queda nos índices de crescimento e o avanço da inflação. Completo agora tratando sobre a queda na produção industrial.
Somente nos nos da administração (???) deelma, mais de R$ 102 bilhões foram destinados a incentivos à indústria, em uma porrada de pacotes de medidas populistas, ou apadrinhadoras de contribuidores contumazes para as campanhas; na tentativa de estimular o crescimento do país. Só este ano foram quatro deles. Incentivos quer dizer renúncia fiscal, dispensa de arrecadação, grana a menos no caixa.
O total citado acima corresponde a mais de um mês de arrecadação de todos os impostos e contribuições recebidos pelo governo federal. Também é superior ao orçamento anual da Saúde (R$ 72 bilhões previstos para 2012).
Mesmo com tanta ação competente, a estrutura produtiva vem se deteriorando e a indústria registra recuo de 4,3% na produção comparada ao mesmo mês do ano anterior. Antes dessa marca, a maior queda foi em setembro de 2009, quando chegou a 7,6%.
A redução acumulada atinge 3,4% em 2012 e, para conseguir encerrar o ano pelo menos no zero a zero, o setor precisa de uma expansão média mensal de 1,5% até dezembro, o que convenhamos, é difícil bagarai. A analista Tendências Consultoria estima que, até para que haja recuo de 1% em 2012, será preciso crescer 1,15% ao mês até o fim do ano, o que não é tarefa fácil.
A queda em maio foi a nona seguida, e se materializou em 17 das 27 atividades pesquisadas, 46 dos 76 subsetores e 57% dos 755 produtos sob análise.
Todas as quatro categorias de produção econômica (bens de capital, bens intermediários, bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não duráveis) o que se configura como um evento de larga escala. 
Na minha modesta interpretação, o pior de tudo é  queda na produção de bens de capital, que é vinculada a investimentos em modernizações e ampliações de parque industrial, e portanto de novos produtos e empregos, e vinha se sustentando em alta (devidamente incenitivada) e recuou 1,5% no bimestre abril-maio, após avançar 2,5% no quarto trimestre de 2011 e 1,3% no primeiro bimestre de 2012.
Prá mim, o pior exemplo negativo é o que vem do setor de veículos automotores. Sempre abençoado com favores registrou queda de 4,5% em maio, frente a abril, e 16,8% em relação a maio de 2011. Considerando só automóveis, a queda foi de 5,3%, após recuo de 2,7% em abril.
Claro que a ANFAVEA diz que os dados ainda não refletem a redução do IPI anunciada em maio para reduzir o preço dos automóveis em até 10%. De acordo com a associação, no período, foram comercializados 353,2 mil veículos, o que representa crescimento de 22,8% com relação ao mês anterior.
No caso dos eletrodomésticos e móveis, os dados mostram que a redução do IPI indicam melhora, mas alguns economistas acreditam que este efeito pode ser limitado nos próximos meses, posto que o povo está muito endividado.
Já os setores que não receberam incentivos tributários, estão à mingua. O setor de Alimentos retraiu em maio, de 3,4%, acumulando perdas de 7,1% em dois meses seguidos de recuo.
Além dos efeitos da crise mundial, preocupa-me a falta de competitividade. Os empresários se queixam do câmbio e dos custos crescentes de produção, o que inclui os juros ainda altos para investimentos. Tudo isso agravado pelo cenário mundial ruim. Para o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), José Velloso, os números do IBGE não são surpresa. Segundo ele, está havendo um desinvestimento: Se, de 2009 para cá, o governo tivesse investido em competitividade, o brasileiro estaria comprando produtos nacionais por preços mais baixos sem a necessidade de desonerações.
Como sempre as necessidades populistas de agradar o povão em época de eleições, conduz a ações não produtivas sem ouvir quem realmente entende e coloca o país em ponto de bla par uma regressão mais que agravada pelo que ocorre no resto do mundo.

2 comentários:

opcao_zili disse...

Ontem Miguel Daoud disse que estamos numa encruzilhada.Se valorizar o dólar,teremos recessão, se desvalorizar teremos inflação. Esse governinho do m* acabou com tudo o que tínhamos de bom com o Plano Real.

Anônimo disse...

coloca o país em ponto de bla par uma regressão mais que agravada pelo que ocorre no resto do mundo.>>>> bla par ~~~~~~> vc queria escrever 'ponto de bala para uma regressão.....? //// Comentando o conteúdo desta análise, está assim mesmo...um emaranhado de atitudes, sem rumo. Eu diria que os matutos do poder estão fazendo 'laboratório' com a economia do país! E o pior.. são experiências perigosas e doloridas!
Um abraço, meu amigo