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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Babado Francês, ou a Fofoca Internacional do Dia


O babado do dia hoje na França foi um tweet da atual primeira dama Valérie Trierweiler contra  EX Sègolène Royal ontem (13/06). Está em todos os jornais e ontem à noite era o tema das TV´s.
A "concumbina" (o termo é dos jornais locais) postou que os franceses deveriam votar em Olivier Falorni, rival de Ségolène no segundo turno das eleições legislativas. Valérie, que é jornalista, usa o Twitter com frequência.
Meio mundo desceu a porrada no casal. O trinado foi alvo de críticas de parlamentares, jornalistas políticos e até colunistas sociais e deve atrapalhar o esforço de Hollande para não misturar sua vida privada e pública, coisa comum no seu antecessor Nicolas Sarkozy, o que irritou grande parte dos seus eleitores.
Tentaram fazer um aquieta- arreda entre Ségoléne e Falorni, mas ele se recusou a apoiar Ségolène, depois que lançou candidatura própria e agora ameaça a vitória dos socialistas nas eleições legislativas na circunscrição de La Rochelle.
O que tia Val falou foi mais ou menos "Ânimo a Olivier Falorni, que não perdeu a dignidade e se mostra ao lado de La Rochelle há tantos anos com um compromisso altruísta", pelo que eu consegui traduzir.
O jornal Libération estampou uma foto de Valérie na capa ao lado da manchete “Primeira gafe da França”, num jogo de palavras com a expressão “primeira-dama”. O Le Figaro chamou o tweet de “ato político grave”, enquanto o Le Monde publicou um editorial aconselhando a companheira de Hollande a “esquecer” o Twitter.
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, nomeado por Hollande, afirmou que "cada qual deve permanecer no seu lugar" e que a primeira-dama deve ter "um papel discreto".
Na terça-feira, Ayrault afirmou que Hollande apoia "a fundo" a candidatura de Ségolène, mas pessoas próximas a Falorni, segundo fontes citadas pela emissora Itélé, indicam que o presidente sabia das intenções de Valérie e lhe teria dado aval para o tweet.
O líder da bancada socialista no Senado, François Rebsamen, disse que a primeira-dama "deve aprender a ser reservada". O deputado socialista Jean-Louis Bianco, ligado à Ségòlene, foi mais duro: "Elegemos François Hollande e não Valerie Trierweiler", afirmou.
Eric Ciotti, deputado do partido de direita UMP, afirmou que a questão "ridiculariza o país e o chefe de Estado". Ele acrescentou que os socialistas têm a virtude de “fazer os franceses sorrirem”, mas que os eleitores devem enviá-los ao teatro e não ao Parlamento.
Na televisão francesa, muitos especulavam sobre os motivos por trás do comentário de Valérie. “Ou ela está cega de ciúmes ou fez um ato político muito bem calculado”, opinou o comentarista político da BFM TV, Olivier Mazerolle.
O relacionamento entre Valérie e Ségolène, que é mãe dos quatro filhos de Holande, é notavelmente tenso. Especula-se que a primeira-dama tema uma aproximação entre o ex-casal caso Ségolène vença a eleição em La Rochelle e tente ser presidente da Assembleia Nacional, posição que lhe daria contato praticamente diário com o líder.
Fato é que o babado está berrando na imprensa. Aguardemos e observemos de longe rsrsrs

2 comentários:

moimemei disse...

Querido Cacique

Nestas horas a "Primeira-Muda" é uma sábia...

opcao_zili disse...

La belle France, sempre movida por amores ardentes e ciúmes perigosos. rssss