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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

E Os Cagões Ainda Reclamam

Com Informações da Folha de São Paulo
Os ex-senadores que não tiveram coragem de enfrentar uma candidaura à reeleição estão roendo uma pupunha ao longo de seus mandatos como deputados federais.
Acostumados ao fausto do senado federal, já chamado de paraíso na terra, não me lembro por quem, passam pelo dissabor de verem suas mordomias bem diminuídas, embora aijda sam gigantescas quando comparadas aos demais mortais que realmente têm que trabalhar Brasil afora.
Reclamam que os gabinetes são apertados, que suas equipes de assessores são reduzidas, que existe redundância de projetos em análise e temem que sejam obscurecidos pela prática da casa em supervalorizar os líderes e submeterem a massa enorme de deputados tacanhos ao completo esquecimento.
Diz a Folha que o deputado Almeida Lima, que foi senador entre 2003 e 2011, está circulando um projeto para reduzir em 25% o total de número de deputados e também para que cada Estado eleja dois senadores, e não mais três.
Se uma lei dessa passar, o saci cria perna.
O tempo é conhecido por não ser comprimível e, portanto, no mesmo espaço de horas que dispõem 81 senadores têm que falar 513 deputados. Ou seja, se no Senado já é difícil se expor e defender um pensamento, na Câmara então, é um inferno. Sabe-se que não se respeita nenhum deputado individualmente, existindo uma enorme valorização dos líderes".
Além da hegemonia dos líderes, os deputados que vêm do Senado se queixam da maior burocratização e da diluição do prestígio que acontece na Câmara.
O cagão-mor do Sérgio Guerra (PE), sabendo que ia perder, escolheu mudar de casa e agora critica a concentração de poder nas mãos de grupos na Câmara.
Para ele, ali "tudo é exagerado": "Acredito que a maioria dos deputados não sabe o que acontece".
Isso porque já pisou naquele solo entre 1991 a 2003, quando assumiu o mandato de senador. Em 2011, voltou para a Câmara.
Quanto à sobreposição dos projetos, a queixa é que há uma desvirtuação do sistema bicameral, e o Senado funcionaria como a Casa revisora dos projetos apresentados e votados na Câmara. Na verdade, é tanta gente prá pouco o que fazer que as duas Casas apresentam inúmeros projetos que se sobrepõem.
Segundo Eduardo Azeredo (MG), que também já esteve no Senado e correu do pau, "se houvesse mais conversa e tudo fosse analisado em conjunto, os trabalhos seriam otimizados. Além de projetos redundantes, os debates se multiplicam nas comissões da Câmara".
A experiência e carreira dos parlamentares também faz diferença. Na Câmara, proliferam lideranças regionais, como inúmeros ex-prefeitos e ex-deputados estaduais, em contraste com os ex-governadores e até ex-presidentes da República.
Outra coisa é o fator espaço, outra grandeza de natureza restritiva. Na Câmara, o maior número de parlamentares, explica o que ex-senadores chamam de más condições de trabalho na Câmara.
No Senado, os gabinetes têm quase o dobro do tamanho - e, quase sempre, mais luxo. Senadores contam com até 79 funcionários; deputados têm direito a "apenas" 25.
Mas suas inçelenças reclamam de barriga cheia. Não há dúvidas disso. Se realmente estiverem achand ruim, peçam a conta e vão cuidar de suas vastas e mal explicadas fortunas, deixando a moita desocupada prá quem realmente quer trabalhar.

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