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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Leilão de Usinas Hidrelétricas - Vai Dar Chabu


Via Estadão Conteúdo / portal@d24am.com


Ontem, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que está otimista com o leilão, previsto para 30 de outubro, de 29 usinas antigas tomadas das empresas que não toparam a redução do valor de energia proposto pela regovernANTA em 2012 e que não tiveram seus contratos renovados.
O governo espera arrecadar R$ 17 bilhões na concessão dos ativos, sendo R$ 11 bilhões pagos até o fim de 2015 e os R$ 6 bilhões restantes no primeiro semestre de 2016. 
Diz o ministro tem certeza do sucesso do leilão pois "a procura tem sido muito grande, tanto do capital nacional quanto do capital estrangeiro". Diz ainda que mantém a conversa com CEMIG, CESP e COPEL, que detinham as concessões anteriores, e que são as principais interessadas; e que também está trabalhando junto aos bancos que podem financiar a operação. 
De cara eu questiono se há como captar essa soma tão vultosa em tempos de crise, bem como se o mercado se sente seguro por tamanha mudança intempestiva em contratos de longa duração (30 anos); principalmente depois que o risco da operação, por conta da variação da hidraulicidade dos reservatórios, e que sempre se embute nas tarifas, costuma ser "esquecido" pelo poder concedente, deixando os geradores a ver navios e segurando no pincel.
Já Dudu Braga acha que "a modelagem do leilão para o pagamento dividido do valor dos bônus de assinatura foi feita após uma ampla conversa com o mercado". Não aposto um centavo de Real nisso.
O ministro ainda diz que a Holding Eletrobras não deverá necessariamente participar do leilão pois terá uma nova estratégia de negócios, em fase final de desenvolvimento pelos ministérios de Minas e Energia, Fazenda e Planejamento, que manterão o bloco controlador da empresa. 
Sobre as pendências de indenizações às distribuidoras e transmissoras, hoje paga por nós através das famigeradas bandeiras tarifárias, Braga disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, está estudando a melhor forma de resolver sem impactar as tarifas pagas pelos consumidores de uma só vez. "A nossa estratégia é que esses valores sejam reconhecidos e pagos em médio e longo prazos", deixando no ar um sombrio e soturno "o reconhecimento de crédito é algo que também pode ser monetizado pela empresa", completou.

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