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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Cordelando 129: O Rombo do Século


Como pode se aceitar,
Num país desse tamanho.
Um governo remeter,
Orçamento tão estranho.
Antes bem de começar,
Sua verificação.
Já podia se notar,
Uma grande confusão.

Pois a própria assinadora,
Da tal peça orçamentária.
Já dizia a todo mundo,
Que ela é deficitária.
Gritaria se mostrou,
Norte a sul dessa nação.
Como pode uma coisa dessa,
Assumir o buracão.

Não consigo imaginar,
Tamanha cara de pau.
Chamar a todos de leso,
Se fazendo de legal.
Jogando bomba no colo,
Ao invés de desarmar.
Só pra aumentar imposto,
Pra todo otário pagar.

Mesmo com tanta arapuca,
Armada lá no congresso.
Nêgo não teve coragem,
De aprovar o abcesso.
Pretendido da dentuça,
O antigo calhambeque.
De fazer ressuscitar,
Aquele imposto do cheque.

Não se fala entretanto,
Em fazer corte real.
Da estupenda estrutura,
Do governo federal.
São milhares de boquinhas,
Que assentam cumpanhêru.
Ganhando lá bons salários,
Alguns nem se vê o cheiro.

Na disputa de poder,
Nenhum quer mesmo assumir.
Se não cortar-se despesa,
A coisa vai implodir.
Governo diz que não pode,
Congresso diz que não faz.
E o pobre contribuinte,
Já sente nêgo por trás.

Mas um fato alvissareiro,
Que ocorreu lá no sul.
Foi o grande Pixuleco,
Ter causado seu rebu.
Chegando em Curitiba,
E mantendo seu decoro.
Visitando o tribunal,
Do grande dr. Sérgio Moro.

Mesmo assim não inibiu,
Tamanha cara de pau.
De Marcelo Odebrecht,
Que acha até natural.
Se cometer algum crime,
Seja que tamanho for.
Porque o mais importante,
É não ser um delator.

Já que no nosso país,
Não se tem oposição.
O fundador do PT,
Assumiu essa função.
Botou embaixo do braço,
Calhamaço de papel.
Foi pedir impedimento,
Desse gunverno cróeu.

Mesmo o vice-presidente,
O esposo da Marcela.
Disse lá alto e bom som,
Sem querer criar sequela.
Como pode a presidentA,
Com tamanha rejeição.
Levar 3 anos e meio,
Governando esta nação.

Pra vergonha nacional,
Numa grande citação.
Presidente do congresso.
Surpreende a nação.
Invocando a Waleska,
Pensadora em grande monta.
Pra dizer que ele não lança,
Tiro, porrada nem bomba.

Enquanto na Guatemala,
E também na Argentina.
O povo todo na rua,
Não teme assanhar a crina.
Manda porrada pra cima,
E retira governante.
Que não atender o seu povo,
Que protesta a todo instante.

As praças todas lotadas,
Na rua um grande clamor.
Milhares de cidadãos,
Mostrando seu destemor.
Isso assusta qualquer um,
Que tem vergonha na cara.
Pois sabe que povo unido,
Tem como mandar a vara.

Um comentário:

CHUMBOGROSSO disse...

Cacique, um feixe de varas finas faz uma "vara grossa" ... Vara neles