Read In Your Own Language

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cordelando 108: Desgraçaram a Graça


Como é bom ser cordelista,
Neça poha de Brasil.
Assunto nunca me falta,
Não preciso ser servil.
É só abrir uma página,
De um site ou de jornal,
E o mote brota de monte,
Mais fácil que carnaval.

Teve posse no senado,
Escolha de direção.
Coisa muito natural,
Fazer a composição.
Tem a regra do rateio,
Dos cargos na proporção.
Mas se na mesa se senta,
O Renan, não vale não.

Mudou a regra do jogo,
Só botou o povo seu.
Pra controlar os processos,
Oposição se phodel.
Teve também bate boca,
Ofensa de parte a parte.
Ficando até a impressão,
De quem morde nunca late.

Na outra casa, no entanto,
Outro líder se apossou.
Aceitou requerimento,
E CPI instalou.
Deu uma grande rebuliço,
Mal estar já se formou.
O PT desesperado,
Requisição lá mostrou.

Só queriam encher a pauta,
Pesquisar só coisa besta
Tendo em conta o limite,
Que não deixar encher a cesta.
Não deu certo a jogada,
CPI vai começar,
Agora tem que aguardar,
Que é que vai comandar.

E no prédio quadradinho,
Que tem lá na rua Chile.
Teve lá um alvoroço,
De fazer vomitar bile.
Dormiram não acordaram,
Os diretores por lá.
Mesmo com a Graciosa,
Com a governANTA acertar.

Renunciou todo mundo,
Desocuparam o moitão.
Não sobrou ninguém nem mesmo,
Para fechar o portão.
Como pode uma empresa,
Que era orgulho nacional.
Ficar do dia pra noite, 
Sem seu comando central.

Gostei de ver o mandado,
Pra buscar o tesoureiro.
Na terra, no ar, no mar,
Mesmo que fosse em puteiro.
O cabra até arretou-se,
Tentou fazer confusão.
Aquietou-se com a PF,
Pulando sobre o portão.

Por outro lado a crise,
De água e de energia.
Coisa que o brasileiro,
Pensava que não existia.
Vai o racionamento,
Compre logo camburão,
Pra juntar a sua água,
E prepare o lampião.

Compre gelo, Compre lata.
Crie espaço de montão.
Pra ter certo seu direito,
De guardar a refeição.
Como se fosse há 100 anos,
Tempo lá do meu avô.
Mesmo que seja No Sense,
Acontecer com o senhor.


E as contas do Brasil,
Só vão de mal a pior.
Mesmo com o seu Levy,
Mandando borogodó.
Nosso balanço final,
Do que saiu e entrou.
Deu um vermelho da poha,
Que jamais se registrou.

Mas teve fato engraçado,
E aconteceu aqui.
Tal qual o Vasco da Gama,
Moça não soube engolir.
Num concurso de beleza,
Ser vice não aguentou.
E da grande vencedora,
A coroa arrancou.

Sendo mesmo bem sincero,
Ainda me causa espanto.
Quando vejo a roubalheira,
Surgindo de todo canto.
Como pode um partido,
Achar que pode demais.
Passar por cima da lei,
Deixando tudo pra trás.

Dos valores nem se fala,
O valor me entonteia.
Pois é tanto zero junto,
Que dá uma linha cheia.
Seja na meia ou cueca,
No armário e até no chão.
Não tem dinheiro de pinga,
Só se trata de bilhão.

Só nos resta uma esperança,
De acabar com a confusão.
Ter no fim desse processo,
Carro preto no portão.
Muita gente algemada,
Tamanho de um batalhão.
Acabando com essa raça,
Festa por toda nação.

Nenhum comentário: