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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Cordelando 107: Temos Agora o Dia do Milho


Lá na Grécia se sabia,
Pertinho a coisa se dá.
Numa hora tem tragédia,
Outra hora comédia há.
Num Brasil tão enrolado,
Que maltrata todo filho,
A governANTA criou,
O nosso dia do milho.

Como não posso brincar,
Tempo todo no cordel.
Vou levando a vida a sério,
Pois aqui não é o céu.
Como sempre comentar,
Usando rima bacana,
Como essa corja vermelha,
Nos trata como banana.

Finalmente apareceu,
Da Petrobras o balanço.
Mostrando que a companhia,
Vai caindo do barranco.
Outra vez foi transformado,
Prejuízo em lucro ganho.
Com a contabilidade,
No auditor dando banho.

Esconderam no papel,
Todo chuncho ocorrido.
88 bilhões,
Pelo ralo escorrido.
No final da conta feita,
Sem ninguém pra conferir.
Deu 3 BI que lá sobrou,
Mas não vão distribuir.

O valor da companhia,
Despencou ladeira abaixo.
Se juntar o patrimônio,
Não enche mais nem um tacho.
Assustou todo mercado,
Matou o investidor.
Quem tinha grana na empresa,
Tranquilo não mais ficou.

E o problema da seca,
Brotando de sul a norte.
Não era só em São Paulo,
Que estava na hora da morte.
Todo mundo escondeu,
Por causa da eleição.
E o preço da besteira,
Que paga é o povão.

Vamos ter racionamento,
Em toda grande cidade.
Não interessa o partido,
Não importa a vaidade.
Mesmo sabendo que tem,
No meio espertalhão.
Que ainda vai querer ter,
Um lucro na confusão.

Fura poço, colhe chuva,
Dessaliniza o mar.
Junta a água da saída,
Lá da máquina de lavar.
Tem fiscal pra todo lado,
Igualzinho aos do Sarney,
Só pra ver quem tá gastando,
E esnobando igual um rei.

E as medidas que tomou,
A dentuça mentirosa.
Não agradando ninguém,
Sindicato em polvorosa.
Reclamam lá do seguro,
E do corte da pensão.
Da viuvinha sofrida,
Que vai passar privação.

Outro fato que chocou,
Toda a nossa nação.
As contas que não fecharam,
E acabou num vermelhão.
Isso não acontecia,
Desde o Pedro Cabral,
Mesmo assim os serrergonhas,
Acharam a coisa normal.

E vocês aí bocudos,
Falando da governANTA.
Que não foi lá em Davos,
Pra não congelar a pança.
Ela foi pra Costa Rica,
Prum encontro do peru,
A patota do Caribe,
E da América do Sul.

Mas podem ficar tranquilos,
A coisa vai piorar.
Não vai nem dar uma trégua,
Quando o carnaval chegar.
Tem cidade cancelando,
O nosso grande festão.
Pelo medo que estão tendo,
De se gerar confusão.

Um fato vexaminoso,
Que assola a nação.
A comissão da verdade,
Sempre dona da razão.
Quer mudar todos os nomes,
Que lembrem nomeação.
De personagens ligados,
Com o que foi revolução.

Como sempre digo aqui,
Assunto não vai faltar.
Sempre vou ter minha rima,
Pra juntos apreciar.
Esse povo só faz merda,
Sempre causa confusão.
Deixando para o cacique,
Registrar a emoção.

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