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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Como Dói Falar da Petrobras


Hoje a Folha de São Paulo publica uma entrevista de José Eduardo Dutra, diretor de gestão corporativa da Petrobras e ex-presidente do PT. Eu poderia para por aqui e deixar de encher o saco de vocês. À história já bastaria este vínculo PT-diretor de estatal; mas, teimosamente, vou mais adiante.
Desnecessário repetir aqui tudo que se sabe do estrago que a corja vermelha e seus apaniguados fizeram com a outrora gloriosa e pujante Petrobras, destronando-a da posição de destaque no cenário internacional do lado do bem para colocá-la no outro extremo, encalacrada em dívidas e sem a menor credibilidade entre eventuais sócios e investidores. Vou me ater ao último escândalo relativo à querida BR
Fazer midia training (chique né?) para ensaiar as lorotas e mentiras que iriam os depoentes dizer nas CPIs do congresso, que por si só já são uma grande fraude; é de uma gravidade enorme, mesmo num país eivado de serrergonhices.
Pobrema não foi fazer a patifaria. Pobrema foi a coisa ter sido gravada por um dos presentes e cair na mídia. É justamente nisso que o gente boa do Dutra de pega.
Lá pelo meio da entrevista, o glorioso chega a dizer que a única ilegalidade foi um dos três empregados da Petrobras presentes ter feito a gravação, "uma grave transgressão do código de ética" e que deve levar à apuração rigorosa e sumária demissão.
Cuuuuuma? A criatura iluminada, e provavelmente revoltada com o que estão fazendo na empresa, que fez seu papel de denunciar uma falcatrua é que vai pegar a conta? Tomanocó.
Gente de Deus, é enojante ler e ouvir a todo instante os acólitos correrem a defender que "combinar com os russos" o que se ia perguntar num inquérito é demais da conta. Até a governANTA disse que a única finte de informações existente no planeta é a Petrobras, dai terem preparado as pergunta lá. Minha Nossa Senhora, é demais.
Em se tratando de PT Et Caterva com as mão na botija, nada surpreende. Para encobrir um chuncho, só fazendo outro maior ainda. Os escândalos ocorrem pela total incompetência dos administradores indicados apenas por critérios políticos, visando facilitar roubos e achaques ao caixa da empresa, numa volúpia incontida de enriquecimento dos que comandam este país.
Da nojo ver congressistas de renome controlados igual fantoche pelo palácio do planalto e seus ministros, por terem o rabo preso por suas próprias malandragens e fazendo o diabo (esta expressão está muito em moda né?) para encobrir os desmandos das administrações de empresas e repartições públicas.
Ou, plagiando Roberto Campos, empresas privadas são aquelas que o governo controla com leis, impostos e regras mil; empresa pública não é controlada por ninguém.
Tem gente que coleciona borboletas, garrafas de whisky, selos e outras cositas mas. No Brasil se coleciona dossiês. Com um bom pacote de informações sobre uma pessoa, entre mamando e caducando, faz-se com que os venais digam ou façam qualquer coisa.
Fato é que, é imperioso que se tire esta corja do poder. Não vai resolver tudo, mas dá um alento para tentar dar uma limpada na casa e abrir algumas caixas pretas que se mostram cada vez mais fechadas.
Claro que na entrevista tem outras pérolas como a Petrobras está endividada porque está investindo, a diretoria tem conhecimento do exato momento de fazer reajustes de preços dos combustíveis, que não há ingerência do governo nos negócios (aqui cabe um destaque do entrevistado: ingerência houve no governo de quem?... Isso mesmo, FHC).
Recomendo que leiam.

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