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quinta-feira, 29 de março de 2012

Depois do Dotô Horroris Calça, Temos Agora a Dotôra

Sinceramente que eu me acho um grande imbecil. Estudei ( ainda estudo) prá cacete e acho que eu não sei poha nenhuma. Converso e leio sobre tudo que passa na minha frente no afã de aprender mais e mais. Mesmo sobre os assuntos em que sou formado e com trocentos anos de experiência sempre assimilo coisas novas a cada dia.
Mas os cagões do PT, como dizem os meus filhos, SE ACHAM. Cada pose é um flash.
Primeiro foi o 9 dedos que ganhou uma porrada de títulos de dotô horroris calça mundo afora. Tá certo que a maioria foi conseguida após financiamentos graciosos concedidos pelo Banco do Brasil ou BNDES ou outras estatais; e outros de universidades comandadas por seus acólitos, mas ganhou.
Pois a moda pegou. Ontem foi a vez da governANTA ganhar um chapéu daqueles cheio de babados e balangandãs, da Universidade de Nova Déli, a capital indiana.
Vestida com a capa tradicional vermelha com bordados dourados, deelma ainda usou a palavra (usou ou abusou?) e danou-se a atacar, como vem fazendo a cada viagem, o modelo de combate à crise por meio de "meras medidas de austeridade, consolidação fiscal e desvalorização da força de trabalho", predominantemente na Europa.
Ela insiste em que o "desenvolvimentismo" seja feito de modo que o ajuste fiscal não deve ser feito isoladamente sem o apoio de estímulos para o crescimento econômico.
De novo falou de crise internacional, "políticas expansivas que ensejam uma guerra cambial" e novas e perversas formas de protecionismo.
Também não deixou de se fazer presente a velha cantilena de anti-americanismo na reafirmação de pontos idiotas da diplomacia brasileira, como "o diálogo e a diplomacia" e a rejeição "de ações unilaterais e uso da força, as atitudes preconceituosas e intolerantes". puxando a brasa prá nossa sardinha, defendeu a reforma das instituições de governança global (Conselhos de Segurança da ONU entre eles), e cobrou "a presença permanente de Brasil e Índia nos organismos que deliberam sobre a paz e a segurança global".
Prá justificar o título, tratou do programa "Ciência sem Fronteiras", pelo qual o Brasil está enviando 100 mil estudantes e pesquisadores para formação em centros no exterior inclusive a Índia, "país conhecido pela excelência de seus cientistas e de seus inovadores tecnológicos", nas palavras dela.
Não faltou a tradicional citação de praxe à inclusão social no Brasil com "os 40 milhões de homens e mulheres incorporados à produção e ao consumo no Brasil nos 10 últimos anos", inflacionando o número vigente aqui em nosso terreiro que é de 32 milhões.
Prá fechar com chave de ouro, demonstrando toda cultura internacional que tem como voraz leitora que é, mesmo sem saber nomes e autores de livros, citou o poeta indiano Rabindranath Tagore (1861/1941): "Deixe meu país despertar num paraíso de liberdade, onde a mente é destemida e a cabeça se mantém erguida, onde o conhecimento é livre, onde o mundo não foi fragmentado por paredes estreitas, onde as palavras emanam das profundezas da verdade".
Pelo sucesso da empreitada, mais e mais viagens deverão ser programadas como eventos do ramo que é prá dentuça empatar com o 9 dedos nos títulos.
Enquanto isso, busquemos os financiamentos internacionais em curso, para conferir onde vão acontecer as próximas diplomações.

Um comentário:

opcao_zili disse...

Em pleno século 21, que governo desconhece, areal situação do Brasil e dessa "crasse média"?
Como que o Brasil pode falar de ascensão se, abaixou para R$70,00 a classificação da miséria?
Como criticar o protecionismo se eles o estão praticando,interna e externamente?
Título de DHC virou nada, no mundo.
Como falar de investimento se não temos nenhum e o desemprego aumenta?
Vergonha alheia.