Cordelando 112: Sobre Lista, Rol e Relação

O mote dessa semana,

Circulando no Brasil.

Foi a lista do Janot,

Que finalmente surgiu.

Quem estava enrolado,

Com o clube do bilhão.

Essa grande roubalheira,

Que assustou a nação.

Depois de muito apurar,

MP finalizou.

A relação dos bandidos,

Que Sérgio Moro apurou.

Separaram empreiteiros,

E o povo meio peão,

Levando as otoridades,

Pro Supremo da nação.

Tem Renan, Cunha, Jucá,

Delcídio, Costa, Lobão.

E ainda falta surgiu,

Um monte de figurão.

O casal da falcatrua,

Na lista não vai faltar.

Gleise Hoffman e Bernardo,

Sumido no Paraná.

Já vazou que tem na lista,

Nome de governador.

Pezão e Tião Viana,

Negromonte já boiou.

Do senado tem mais gente,

E da câmara também.

Tem ministro, secretário,

Não escapou quase ninguém.

Um fato bem pitoresco,

Do rol do procurador.

Foi ter incluído Aécio,

Que depois se retirou.

Da mesma forma que fez,

Com aquela garbosa infanta.

Entrou e saiu da lista,

A nossa regovernANTA.

Entretanto fico murcho,

Com o desfecho que se deu.

Não mandou abrir processo,

Acho até que ele tremeu.

Pediu só pra investigar,

Vasculhar tudo de novo.

Ao invés de prender logo,

Quem roubou o nosso povo.

Antes de se apresentar,

Ao ministro Teori.

Janot fez a romaria,

Pra na lista ele bulir.

Levou pra ver a danada,

O ministro Cardosão.

E na primeira passada,

Já tirou lá um montão.

Depois mostrou para o Temer,

Que também deu uma olhada.

E quem sabe aproveitou,

E deu mais uma cortada.

Mas mesmo assim tá difícil,

De todo mundo excluir.

Pois no rol dos empreiteiros,

Muita gente vai surgir.

E ainda falta surgir,

A empreiteira baiana.

Construtora Odebrecht,

Nem um pouco muquirana.

Bancava o 9 dedos,

Avuando mundo inteiro.

Enquanto fazia caixa,

Com nosso santo dinheiro.

Claro que não finda logo,

O processo só começa.

Vai rolar monte de ano,

Até concluir a peça.

Mas a esperança não morre,

De um dia se acabar.

E esse monte de safado,

Na cadeia ir parar.

Enquanto isso doutor,

Bloqueie tudo o que têm.

Não deixe vender nem dar,

Nem deixe fugir ninguém.

Cancele os passaportes,

Feche todas as fronteiras.

Mande carta pras empresas,

Avise as bilheteiras.

Saporra não fica assim,

É vergonha pra nação.

Já que somos conhecidos,

Como país de ladrão.

Não deixe ficar barato,

Nem que se torne normal.

Precisamos acabar,

Com a vergonha nacional.